...

Responsável por revolucionar o ramo da animação 3D, não é de hoje que a Pixar Animation Studios coleciona narrativas originais e extremamente inspiradoras. Especialmente, quando o assunto é construir aventuras em um ambiente nada comum, mas que trazem uma evolução emocionante. E com “Soul” não poderia ser diferente. Confesso que eu estava muito empolgada com a ideia do longa desde que anunciaram o título, quase dois anos atrás. Afinal, falar de um assunto tão complexo e com inúmeras interpretações, não é tão simples quanto aparenta ser. Felizmente, o estúdio apresentou uma linda forma de valorizar a vida.

Insatisfeito com a sua vida como professor estudantil, o sonhador Joe Gardner (Jamie Foxx) tem a certeza de que nasceu para desenvolver uma marcante carreira musical. Responsável por inúmeras tentativas fracassadas e resistindo contra a gradativa perda de esperanças, ele enfim recebe a oportunidade de uma vida, sendo convidado para tocar em um show de uma famosa banda de jazz. Tudo muda, entretanto, quando o protagonista sofre um repentino acidente, forçado a adentrar uma lúdica jornada após ter a sua alma separada de seu corpo.
Para começar, temos a direção de Pete Docter, mente por trás dos inesquecíveis “Divertida Mente” e “Monstros S.A” e co-dirigida por Kemp Powers. Os dois são grandes exemplos de transformar histórias em momentos únicos. A trama do lar da luminária saltante explora com bastante coragem importantes questões existenciais e entrega uma impactante mensagem.

Mestre no desenvolvimento de universos que desafiam os limites da imaginação, o longa tem como primeiro destaque a sua impressionante ambientação. Através de um aspecto que transita muito bem entre o fotorrealismo e composições místicas. O “céu” hipotético encanta por suas paisagens inovadoras, que misturam traços planificados e formas tridimensionais e aplicam um genial uso de cores. Os elementos do “pós-vida” sendo escassos em tons fortes, enquanto que predominam naqueles que antecipam ou correspondem ao viver, como a imersiva Nova Iorque. Ou seja, uma interpretação dentro das técnicas.

Cena do filme ‘Soul’

Uma obra encantadora.


É impossível não comentar cada detalhe que o longa apresenta, do início ao fim. Em uma obra que traz, entre as suas temáticas, a importância de se apreciar as diferentes particularidades de se estar vivo, tais fatores determinam uma diferença crucial. Além disso,
moldando a trajetória do protagonista e colocando o público ao seu lado na captação dos maravilhosos estímulos do dia a dia.
Não bastassem os aspectos gráficos que ditam a experiência, é preciso ressaltar também a extrema qualidade do trabalho sonoro apresentado pela produção. Principalmente por ser uma característica que em muito eleva a importante representatividade exibida em tela.

Trazendo o primeiro protagonista negro da história do estúdio, a narrativa estabelece a ligação fundamental que Joe possui com o jazz, uma manifestação cultural profundamente associada à figura afro-americana. Também responsável por moldar gêneros como o Soul music, por exemplo, setor musical que torna o título do desenho ainda mais significativo. Incluindo que o personagem carrega em sua vida como propósito e forma de relembrar o querido pai. Dessa forma, ficou a cargo do pianista Jon Batiste a criação de músicas que resgatassem esse DNA artístico tão baseado no improviso, missão que resulta em um dinamismo contagiante que combina com a imprevisibilidade da vida sobre a qual o filme fala.

‘Soul’ é o mais novo lançamento do Disney+


Indo mais a fundo na narrativa em si, o verdadeiro brilho de “Soul” se encontra na perspectiva de vivenciar todos os momentos da vida, desde pequenos até grandes.
Para isso, é essencial a relação estabelecida entre Joe e a divertida 22, alma que encara dificuldades na descoberta de seu propósito. Mesmo que ambos possuem personalidades tão diferentes, a dupla percebe que tudo pode marcante e especial.

Vindo de uma belíssima animação com uma das tramas mais adultas da Pixar, “Soul” é uma viagem lúdica sobre a finalidade humana e acerca da universalidade do processo de autodescoberta.
Conduzido por uma viva ambientação e por uma trilha sonora que em muito eleva a sua representatividade, a obra cativa ao estabelecer uma ótima dupla de protagonistas. Inclusive por jamais se esquivar de temas importantes e que não devem ser esquecidas.
É uma carta de amor àqueles que enfrentam dificuldades na busca por um propósito, mostrando que estes jamais poderão ser alcançados sem o auxílio daqueles ao nosso redor.

Livros para o Dia do Orgulho LGBTQUIAPN+ Filmes de romance icônicos na MAX Filmes de romance com Glen Powell Lista com todos os filmes com Barry Keoghan Fantasias que são volume único Doze indicações da Intrínseca para o Dia do Orgulho Geek Séries para quem amou Maxton Hall Bridgerton (3ª): O esperar da parte dois? Séries para você assistir no Dia das Mães As Melhores Trilhas Sonoras de Todos os Tempos Filmes de terror para assistir em maio 2024 FANFICS QUE VIRARAM FILMES PRODUÇÕES SOBRE FÓRMULA 1 A verdade sobre Bebê Rena Rota literária: conheça o aplicativo para leitores Top Filmes com ex-RBD FILMES DA TRILOGIA X DIRIGIDOS POR TI WEST Filmes originais da Netflix que são adaptações literárias