Morte no internato é o primeiro e único livro de suspense de Lucinda Riley deixa o leitor com gostinho de quero mais e muita tristeza por saber que não terá outro.
Sobre Morte no internato:
A morte repentina de um estudante na Escola St. Stephen – um internato na região mais remota de Norfolk – é um acontecimento chocante que seu diretor faz questão de encarar apenas como um acidente infeliz.
Porém, a polícia local não descarta a possibilidade de um crime, e o caso traz de volta à ativa a inspetora Jazmine Hunter. Ao analisar os detalhes da morte de Charlie Cavendish, ela descobre que o garoto fazia bullying com diversos alunos e que alguns tiveram o motivo e a oportunidade de cometer o assassinato.
Para complicar a investigação, outro estudante some e um respeitado acadêmico morre. Jazz precisa enfrentar seus demônios pessoais ao perceber que aquela investigação é a mais desafiadora de sua carreira. O internato esconde segredos mais sombrios do que Jazz jamais poderia ter imaginado.
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Uma história que vai deixar saudades
Morte no internato é aquele livro que quem gosta do gênero (suspense policial) vai começar a leitura com altas expectativas. Principalmente por conta da sinopse instigante e da capa digna de uma boa cena de filme de terror. Porém, quem já conhece a escritora poderá ficar desconfiado de como será esse novo universo. Afinal, é o primeiro livro da Lucinda no gênero e foi escrito em 2006. Uma curiosidade é que a história não teve uma revisão, pois Riley faleceu antes de ter oportunidade de revisitar sua obra. Mas bora falar sobre o que eu achei.
Eu fiquei completamente viciada nessa história. No início eu consegui sentir o potencial da protagonista, porém ao longo dos capítulos eu fui tendo um pouco de dificuldade de me localizar na narrativa. Isso devido aos personagens irem aparecendo um atras do outro sem dar muito tempo de entender o local de cada um na história. Porém, confiei e segui! Quando achei que não iria gravar o nome de todo mundo eu já estava totalmente envolvida e palpitando em quem seria o verdadeiro assassino.
Protagonista forte e determinada
O que realmente me prendeu na história foi o fato da protagonista, a inspetora Jazz, ser uma mulher determinada e que não baixar a cabeça para homem. Senti raiva dela? Senti, porém os erros cometidos serviram para ela amadurecer ao longo do livro.
Alguns outros personagens roubaram a cena, como por exemplo David Millar. Eu amei acompanhar todas as camadas desse personagem, o quanto a autora teve o cuidado de desenvolver alguém tão complexo e ponto chave para um dos plots.
Agora sobre a história em si, eu achei muito bem desenvolvida e estruturada. Mesmo com muitos personagens, tudo que está ali tem alguma relevância para o enredo. Eu que gosto de um bom livro de suspense policial e fiquei chochada por não conseguir chegar nem perto do palpite de quem era o culpado. As coisas só ficam claras nos três últimos capítulos. Eu amo tanto quando isso acontece, pois me deixa ainda mais animada para continuar a leitura e chegar elétrica no final.
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Conclusão: Morte no internato é perfeito
Já que estamos falando do final, o plot principal desse livro me pegou de um jeito… É bem surpreendente e me deixou até pensativa que se fosse comigo como eu agiria. Contudo, a única coisa que eu tenho para “reclamar” foi o final corrido. Muitas cenas que eu estava ansiosa para ler acabaram ficando de lado apenas com poucas descrições em terceira pessoa. Mas ok, eu entendo que se Lucinda estivesse aqui ela teria revisado e dado atenção a esse final. Mas no geral, para um livro que não teve uma segunda oportunidade de revisão Morte no internato é perfeito.
É uma tristeza que não vamos poder acompanhar outros casos da inspetora Jazz. Seria tão prazeroso ler outras histórias da Lucinda nesse universo rico e instigante que ela estava começando a explorar. De qualquer forma, fica aqui minha dica de leitura, porque tenho certeza de que você irá se surpreender.