O ano mal começou e a Netflix já está passando vergonha. Depois de uma série totalmente perdida e sem sentido, The end of the f ** king world, a magnata do streaming resolveu apostar em um suspense um pouco diferente do que estamos acostumados em Vende-se Esta Casa. Porém, não funcionou. O que era para ser um filme no mínimo interessante, transformou-se em uma grande perda de tempo.
Com uma premissa interessante e de aguçar a curiosidade, Vende-se Esta Casa é sobre acontecimentos estranhos em uma casa das montanhas quando o jovem Jacob e a mãe resolvem ir morar lá após a morte do pai. Desde o início o jovem sente que existe algo errado, mas como em todo filme que envolve mães, ela não acredita e as coisas só tendem a piorar.
O filme é lento, personagens totalmente sem vida e confusos. Várias situações e personagens são introduzidos ao enredo, mas os mesmos não acrescentam nada na história, ficam apenas vagando por 1 hora e 40 minutos na tela da televisão. Dylan Minnette, ator de Os 13 Porquês e O Homem das Trevas, talvez seja o único que salve o filme com a sua atuação de mesmice de sempre. Não que isso seja ruim, é só porque os personagens que faz têm as mesmas características.
Para não dizer que o filme é um total fiasco, da metade para o final as coisas começam a melhorar. Aquele exagero de suspense a cada cena e as burrices dos personagens diminuem, fazendo a história ganhar ritmo. Sabe aquele comichão quando as coisas parecem estar funcionando e você vai descobrir o que está acontecendo, vai sair da escuridão e enxergar realmente o filme? Então, é essa a sensação quando passamos da metade. Mas… isso morre logo.
Vende-se Esta Casa parece uma grande divergência de ideias e falta de conclusão de pensamentos dos diretores Suzanne Coote e Matt Angel. Mesmo com a meiuca do filme ficando um pouco mais interessante que o resto, o que pensamos que aconteceu durante a produção é que nem os diretores sabem qual final gostariam de dar para a história. O filme acaba cheio de lacunas e perguntas no ar, sem respostas e sem conseguirmos elaborar nenhuma teoria sobre tudo aquilo que acabamos de assistir.
Um bom concelho é não perder tempo com o filme, a não ser se não tiver nada para fazer ou nenhuma outra opção.