
Depois das críticas à sexta temporada de Black Mirror, Charlie Brooker, criador da antologia, prometeu resgatar a essência da série na sétima temporada. Mas será que funcionou?
7ª temporada de Black Mirror
Focando nas complexidades da relação entre humanos e tecnologia, com menos ênfase no terror, a sétima temporada de Black Mirror tenta recuperar a essência das primeiras fases da série. Justamente aquela magia que consagrou a franquia.
Nesta nova leva de episódios, temos seis histórias inéditas, incluindo a aguardada sequência de “USS Callister”, um dos capítulos mais emblemáticos da quarta temporada. Além desse, também são apresentados episódios que falam sobre luto, arrependimentos, ambição e, principalmente, a influência da tecnologia no nosso dia a dia.
O resgate da essência da franquia
A nova temporada aborda temas contemporâneos, como inteligência artificial e vigilância digital, refletindo as preocupações atuais sobre a rápida evolução tecnológica e seus efeitos no comportamento humano.
A série mantém seu tom reflexivo, explorando como as pessoas estão se adaptando, ou sendo moldadas, por essas inovações. E é justamente nesse ponto que a sétima temporada de Black Mirror consegue resgatar sua essência, ao mesmo tempo em que traz novas críticas ao uso da tecnologia, acompanhando a forma como a vivemos na realidade.
A temporada já começa com dois episódios excelentes, trazendo aquela angústia e sensação incômoda que só Black Mirror sabe provocar. Depois, temos um episódio mais sentimental e outro mais bizarro, sobre como a tecnologia pode destruir o mundo. Por fim, os dois últimos episódios abordam temas como arrependimento, luto e o grande encerramento de “USS Callister”.
Mas vale a pena assistir?
Confesso que demorei a dar crédito à sétima temporada, principalmente por conta do desânimo que senti com a sexta. Mas me surpreendi bastante. Foi uma temporada que me conquistou logo de cara, já no primeiro episódio.
Com foco em histórias mais centradas na experiência humana, a nova temporada explora os impactos emocionais da tecnologia e as mudanças sociais após a pandemia. Ela consegue mesclar muito da origem de Black Mirror que amamos, ao mesmo tempo em que apresenta trajetórias novas, fugindo um pouco da mesmice.
Conclusão, para quem não gostou da sexta temporada e estava com saudades da série “raiz”, a sétima temporada será uma grata surpresa.
+ Leia também: Por que “Black Mirror” voltou diferente na 6ª temporada?