Uma Dobra no Tempo estreou semana passada nos cinemas, mas parece que o filme que tinha as melhores das intenções não agradou muito os espectadores. Nem mesmo o seu público alvo.
O filme conta a jornada de Meg Murry (Storm Reid), do seu irmão mais novo, Charles Wallace, e do colega de classe, Calvin O’Keefe (Levi Miller). A história começa com o sumiço do cientista Alex Murry (Chris Pine), e mesmo após 4 anos, sua família e amigos ainda estão sem saber o que realmente aconteceu. Mas uma esperança surge quando 3 guerreiras aparecem, Mrs. Which (Ophah Winfrey), Mrs. Whatlist (Reese Witherspoon) e Mrs. Who (Mindy Kaling), e levam as crianças para outra dimensão na missão de resgatar o pai.
O filme é uma mistura de fantasia com ficção científica meio exagerada até na hora da criação dos efeitos especiais. A história é devagar e tudo nos é apresentado de forma lenta e arrastada. Digamos que quando realmente entendemos o espírito da coisa, o filme acaba. Não significa que o filme não tenha cenas de “ação”, o que talvez incomode um pouco é intercalar cenas mais agitadas e calmas em exagero. Você sai de uma cena calma e do nada entra em uma agitada. Ou sai de uma agitada e abruptamente é jogado para uma cena sem graça. Não existe uma certa continuidade nesse sentido.
Antes do lançamento, a diretora Ava DuVernay deixou bem claro que a adaptação de Uma Dobra no Tempo, do livro da autora Madeleine L’Engle, era direcionado para um público de 8 a 12 anos. Tudo bem, mas quem leu os livros não tem direito de querer uma adaptação mais adulta do filme? Ava criou um universo fantástico, colorido e bem diverso em cada planeta que visitamos. Mas ainda assim deixou muito a desejar, não pelos efeitos especiais, mas sim pelo próprio roteiro como citado no paragrafo anterior.
Os atores são o único ponto positivo e que pode te fazer querer ir ao cinema assistir. Para começar, temos Oprah e Reese interpretando duas guerreira do tempo que são bem características delas. É fácil notar o quanto elas estão confortáveis nos papéis. Storm também se destaca, mesmo sua personagem sendo um pouco chatinha, ela ainda assim conseguiu puxar algo que tornou Meg um pouco mais agradável. Ah, confesso que ela me faz lembrar muito a Zendaya quando era mais nova, inclusive na atuação.
Divertido e cheio de fantasia, Uma Dobra no Tempo cumpre bem o seu papel de entreter crianças de 8 a 12 anos. O problema é que não deixa esse público, nem outro, empolgados do início ao fim.