Se você estiver na casa dos 20 anos de idade, com certeza já ouviu os nomes Sharkboy e Lavagirl. Afinal, a obra desses dois heróis foi marco em 2005, mesmo sendo um fracasso de crítica e bilheteria. Porém, os personagens retornaram através do filme “Pequenos Grandes Heróis”, um dos recentes lançamentos da Netflix. Então, vamos juntar as duas informações e apresentar os bastidores de um clássico infantil.
Origem:
O longa é baseado em uma brincadeira do diretor e roteirista, Robert Rodriguez, com seu filho Racer Rodriguez, que é oficialmente creditado como criador da história. Além de ser a inspiração do personagem principal: Max. Além de Racer, outros quatro filhos de Rodriguez com a produtora Elizabeth Avellán participaram ativamente do projeto, dando ideias e testando as piadas que acabariam no roteiro final.
Bastante solitário, o pequeno Max (Cayden Boyd), de 10 anos, não consegue se enturmar e se perde em seu próprio mundo de fantasia. Especialmente para escapar das confusões diárias decorrentes da constante briga entre seus pais, os valentões da escola e das férias de verão nem um pouco divertidas. Em seu “diário dos sonhos”, o menino escreve sobre as aventuras de dois heróis que existem em sua imaginação: Sharkboy (Taylor Lautner) e Lavagirl (Taylor Dooley). Porém, quando Max descobre que estes super-heróis podem ser bem mais reais do que ele imaginava, seu mundo se transforma completamente.
Afinal, quem são Sharkboy e Lavagirl?!
Não é só entre lobos que vive o ator Taylor Lautner. Seu personagem, Sharkboy, era filho de um biólogo marinho e, durante uma tempestade, se perdeu no mar, sendo salvo pelos tubarões que costumava alimentar a pedido do pai. Ao longo do tempo vivendo entre estas feras Sharkboy adquiriu algumas características como barbatanas, brânquias e uma força descomunal. Já Lavagirl passa a maior parte do roteiro sem saber de sua origem, que está perdida nos sonhos de Max. Entretanto, sabe-se que a jovem veio do planeta Baba e lança chamas e pedras incandescentes pelas mãos.
De assuntos delicados ao uso de 3-D:
Não seria exagero descrever como uma espécie de Peter Pan do século XXI. A proposta de criar um pequeno épico infantil, que fala a importância de manter a habilidade de sonhar para escapar das tensões do cotidiano. Para as crianças, funciona que é uma maravilha. Através do ritmo agitado e os diálogos que são simples sem cair na pieguice. Uma característica que marcou o projeto foi o uso de 3-D, um recurso que estava em alta na época. Em 93 minutos, apenas duas das sequências não eram em terceira dimensão.
Apesar de o visual ter seus exageros, existe a discussão de assuntos bem atuais, como o bullying e as dificuldades entre relacionamentos. Além da mensagem principal de que as crianças não devem ser privadas de sua imaginação, parte fundamental no processo de crescimento de qualquer um. Aliás, a própria Lavagirl afirma que “tudo que existe ou existiu começou com um sonho“.
O Grande retorno:
Em 2020, a Netflix anunciou o retorno dos heróis no filme “Pequenos Grandes Heróis”. E claro que a internet delirou com o lançamento. Na produção inédita encontramos os personagens na versão adulta, e até com uma filha (que é muito fofa, por sinal).
Na obra, todos os heróis da Terra foram abduzidos por aliens. Com isso, os filhos dessas figuras famosas e poderosas precisarão se unir e resgatar os pais. Além de ter uma inspiração muito forte do clássico de 2005, temos um elenco de peso: Pedro Pascal (Narcos, The Mandalorian), Priyanka Chopra (Quântico), Christian Slater (Mr. Robot) e Boyd Holbrook (Narcos, Logan).
É fato que não é um projeto perfeito, mas precisamos enfatizar que é direcionado ao público infantil. Sem grandes dramas e reflexões, traz entretenimento e aventura. Algo que é sempre evidente em qualquer criança que tem o sonho de ter poderes.