
Rua do Medo: A Rainha do Baile é o quarto filme da franquia de sucesso Rua do Medo, entretanto, eu acho que é uma ofensa compará-lo com as outras produções. Isso porque o quarto filme não passa de um clichê dos slashers que, sinceramente, não agrega nada à história. Mas vem comigo que eu vou te contar tudo.
Sobre o que é Rua do Medo: A Rainha do Baile?
No novo filme da franquia, vamos retornar à Shadyside High School, onde o baile de formatura está se aproximando e o grupo de garotas populares da escola está ocupado com a disputa pela coroa de rainha. São seis belas garotas competindo, mas duas delas chamam atenção. A primeira é Tiffany Falconer, a líder da “alcateia”, uma jovem popular que com toda certeza já tem a coroa na cabeça. Mas tudo isso pode mudar quando a jovem esquisita com um passado sombrio também entra na disputa: Lori Granger.
Shadyside é conhecida por seus acontecimentos sombrios e aterrorizantes, e desta vez não será diferente. Tudo começa a ficar estranho quando as concorrentes à Rainha do Baile começam a desaparecer misteriosamente, e a turma de 1988, de repente, se vê em meio a uma noite infernal.
O que esse filme tem de referência aos outros da franquia?
Talvez um dos maiores pontos que tenha me decepcionado em Rua do Medo: A Rainha do Baile é que ele não traz tantas referências assim aos outros filmes, e muito menos a atmosfera sombria e aterrorizante. Sim, há algumas “citações” referentes aos acontecimentos de 1978, porém tudo é muito superficial. Acho que, se tivessem apresentado uma história após o filme de 1994, talvez pudéssemos ter algo mais conectado.
Além disso, senti que esse filme não traz uma bagagem como os outros. A história é bem rasa e não evolui, é basicamente um grande filme sobre um baile escolar em que todo mundo está morrendo e ninguém sabe o motivo. Os personagens também não são nada carismáticos, e a vilã é bem sem graça. Fora que havia atrizes boas no elenco que poderiam ter sido muito mais aproveitadas.
Outro ponto que preciso comentar são as mortes. Tirando uma ou outra, são todas muito sem graça e, principalmente, sem surpresa. Nem aquele jump scare de respeito tem no filme. Talvez a única coisa a se elogiar seja a sequência das mortes, que pelo menos faz sentido quando você descobre quem está por trás delas.
E falando sobre o assassino… bem previsível. Talvez aquele plot twist depois dos créditos seja o momento mais interessante do filme, que dá a entender que o real motivo daquela atitude está ligado a uma espécie de possessão vinda da casa. Mas o filme não explica nada, não dá contexto e mal apresenta os personagens. Deixou muito a desejar.
Conclusão
Rua do Medo: A Rainha do Baile é um filme ok dentro do gênero slasher, mas está muito abaixo do que se espera da franquia Rua do Medo. Talvez, se não tivesse essa “ligação” (ok, não tem, mas leva o nome), ele fosse até mais bem recebido. Vale a pena assistir? Bom, sempre acho que cada um precisa consumir o conteúdo para tirar suas próprias conclusões. E, nesse caso, não acho que o filme seja um total desperdício de tempo, mas pode ser que você não fique tão empolgado quanto ficou com os outros filmes. Vá assistir apenas pelo entretenimento.