
Tudo é possível, se você enfrentar Phantasma, o primeiro volume da série Jogos perversos, de Kaylie Smith, lançado pela Intrínseca. Aliás, essa obra vai trazer um universo sombrio e misterioso, junto com personagens poderosos e enigmáticos. Por isso, vamos comentar sobre o livro Phantasma:
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A Mansão Phantasma:
Após a morte da mãe, Ophelia Grimm herda uma poderosa magia e uma dívida esmagadora. Quando sua irmã, Genevieve, decide participar da competição mortal chamada Phantasma para saldar essa dívida, Ophelia se vê obrigada a entrar no jogo para salvá-la. A competição ocorre em uma mansão amaldiçoada, repleta de corredores labirínticos, quartos luxuosos e perigos sobrenaturais. Cada uma das nove fases do jogo remete aos nove círculos do inferno, exigindo que Ophelia enfrente seus maiores medos para sobreviver e vencer.
De fato, eu preciso enaltecer a riqueza de detalhes que Kaylie Smith acrescentou na narrativa, desde as ruas de Nova Orleans até a Mansão como um todo. É quase um convite sedutor para a gente desvendar e ver tanta loucura, luxo e perigo, ao mesmo tempo. Eu comecei a sentir isso antes do jogo começar, em uma cena em que Ophelia está do lado de fora do lugar. Mas, essa mistura intensa de sentimentos só vai crescendo a cada página virada.
Ophelia e Blackwell são os melhores personagens:
Se tem uma coisa que podemos concordar é que protagonistas podem nos conquistar ou detonar a nossa experiência como leitor. Nesse caso, me conquistou até mais. Em primeiro lugar, Ophelia é complexa, lidando com a perda, responsabilidades familiares e sua própria saúde mental, incluindo a representação de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Sem contar que ela acabou de herdar os poderes da mãe, então, é uma mistura de acontecimentos que ela tem que lidar. E principalmente com o sumiço da irmã. Mas, a sua jornada é marcada por crescimento pessoal e enfrentamento de desafios internos e externos.
Tudo isso com ajuda de um ser misterioso e maravilhoso (o combo perfeito). Blackwell, o misterioso aliado que propõe ajudá-la em troca de dez anos de sua vida, é um personagem enigmático e sedutor, cuja relação com Ophelia adiciona camadas de tensão e romance à narrativa. O início desse misto de emoções tem um pouco de raiva com apoio em vencer ao jogo. Mas, quanto mais eles descobrem coisas sobre o outro, aos poucos vão se permitindo a se entregar em uma paixão obscura.
Eu confesso que, de maneira geral, eu gostei de todos os personagens, mas queria saber mais informações sobre os demônios que residem a Mansão. Até porque só 3 deles que são mais ativos e vão além da apresentação dos jogos. Quem sabe um dia, teremos uma série complementar.
A ambientação gótica do começo ao fim:
A escrita de Kaylie Smith é rica em detalhes, criando uma atmosfera gótica e imersiva. A autora equilibra habilmente elementos de horror, fantasia e romance, explorando temas como luto, legado, saúde mental e amor proibido. A ambientação da mansão Phantasma é descrita de forma vívida, com desafios que testam não apenas a força física, mas também a resiliência emocional dos personagens. Eu tenho certeza que os fãs de romantasia e fantasia sombria vão se jogar nessa leitura e abraçar essa narrativa logo nos primeiros capítulos.
Vale a pena ler Phantasma?
Sim, Phantasma é uma leitura imperdível para aqueles que apreciam histórias que combinam magia, desafios intensos e romances arrebatadores. Kaylie Smith entrega uma narrativa que prende o leitor do início ao fim, deixando-o ansioso pela continuação da série. Além disso, é uma romantasia sombria e envolvente, onde magia ancestral, desafios mortais e um romance proibido se entrelaçam de forma magistral.