
Se você está procurando um romance leve, com uma trama envolvente, personagens carismáticos e um casal com química, Os opostos se atraem pode ser exatamente o que você precisa. Quarto livro da série Lovelight, de B.K. Borison, entrega tudo que uma boa comédia romântica deve oferecer. E o melhor: sem necessidade de ler os anteriores para aproveitar a história. Ficou curioso? Vem comigo saber tudooo do livro!
Conheça Os opostos se atraem
Nova Porter não está em busca de amor e certamente não consegue explicar sua atração pelo consultor de investimentos Charlie Milford. Talvez ser supercertinho seja o charme dele. Ou talvez seja a determinação em ajudá-la no seu novo negócio. De qualquer forma, Nova se distrai sempre que ele está por perto. Prestes a inaugurar um estúdio de tatuagem em sua cidade natal, Inglewild, ela não tem tempo para namorar.
Em um esforço para tirar de vez Charlie da cabeça, Nova faz uma proposta a ele: uma noite sem compromisso. Assim eles podem acabar com a atração desconfortável e retornar a suas respectivas responsabilidades. Mas a noite explosiva que passam juntos acaba com as expectativas de encerrar o clima entre eles. Agora, com Charlie na cidade administrando temporariamente a Fazenda Lovelight, Nova não consegue evitá-lo.
E Charlie? Bom, Charlie sabe reconhecer um ótimo investimento. Por isso ele espera convencer Nova de que vale um pouco do tempo dela.
Mesmo sendo parte de uma série, a autora foi objetiva na introdução e construiu um excelente contexto para quem está conhecendo os personagens agora. Sem parecer repetitiva ou arrastar a narrativa, ela apresenta Nova e Charlie com naturalidade, e rapidamente somos fisgados pelo relacionamento entre eles.
Um romance que cresce com maturidade
A química entre os protagonistas é instantânea. Desde o primeiro contato entre Nova e Charlie, fica impossível não torcer por mais cenas dos dois juntos. O entrosamento flui com leveza, e embora o título sugira que são opostos, a impressão que fica é de que eles são, na verdade, complementares — cada um preenche o espaço que falta no outro. Nova é determinada, autêntica e cheia de personalidade. Seu maior medo é decepcionar o irmão mais velho, Beckett — aquele que sempre apoiou seus sonhos e aventuras. Charlie, por outro lado, esconde sua solidão por trás de uma fachada de bom humor e alegria constante. Solteiro convicto, vive entre os negócios de Nova York, mas é na Fazenda Lovelight que se sente verdadeiramente em casa — embora tema perder esse refúgio.
As inseguranças de Nova e Charlie se complementam de forma muito natural. Eles sabem exatamente como apoiar um ao outro nos momentos difíceis, e acompanhar o desenrolar do relacionamento casual para algo mais profundo é delicioso. Além disso, a autora não se limita ao romance. Ela trabalha muito bem os conflitos internos dos personagens, criando uma jornada emocional que vai além da paixão. Até a metade do livro, o equilíbrio entre cenas românticas e interações com outros personagens é bem construído, enriquecendo a leitura.
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Um final sem clichês forçados
Algo que merece destaque é o fato de o livro não apelar para conflitos forçados no final. A apreensão com uma possível briga desnecessária nas últimas páginas dá lugar a um desfecho maduro e coerente. A autora foi magnífica ao manter o relacionamento saudável até o fim. Foi muito gostoso acompanhar tudo isso sem precisar passar pelo velho clichê de um mal-entendido bobo só para criar tensão.
Os opostos se atraem é aquele tipo de leitura que aquece o coração, sem exageros, sem enrolação e com um casal que funciona muito bem junto. Para quem quer uma história leve, com química e personagens bem construídos, essa leitura é mais do que indicada. E se você ainda não leu os livros anteriores da série Lovelight, provavelmente vai querer conhecer melhor os outros personagens depois desse aqui.