“O Chamado do Falcão” é o primeiro livro da trilogia “O Sonhador” da autora Maggie Stiefvater, responsável pela série “Os Garotos Corvos”. Lançado pela Editora Verus, a obra de fantasia está chamando atenção pela sua riqueza em detalhes e personagens complexos. Sem contar que possui um enredo intrigante e cheio de aprendizados. Caso queria saber mais, confira o que achamos do primeiro livro da saga, “O Chamado do Falcão”:
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Elementos novos numa história conhecida:
Em primeiro lugar, precisamos comentar que a obra é um spin-off de “Os Garotos Corvos”, outra série de livros de Maggie Stiefvater. Sendo que, neste enredo, o foco se concentra em Ronan Lynch e sua família. A leitura dos demais não é obrigatória, mas seria interessante para ter contexto desse universo completo. Agora, falando da obra como um todo, “O Chamado do Falcão” é uma montanha-russa de confusão e de revelações bombásticas. Além disso, tem muita bizarrice poética, no melhor sentido da colocação possível. A narrativa da Maggie já se estabeleceu como uma coisa estranha e linda, ao mesmo tempo. Ou seja, virou sua marca registrada.
Se em os “Os Garotos Corvos” a jornada era para encontrar um rei adormecido e o desejo que ele cederia aos meninos, neste caso, a corrida é contra o tempo. É válido falar que, em alguns momentos, pode ficar complicado de entender o que está acontecendo nos capítulos. Porém, conforme a confusão cresce, as explicações se aproximam. Não é uma trama bagunçada, ela é confusa de propósito. Pois fala sobre sonhos e a instabilidade deles, de pessoas ligadas a eles tentando entender como sobreviver as coisas que vivem ali. Principalmente para Ronan, já que toda a questão de sonho e sonhador é maior do que o mundo e as pessoas. É sobre uma força que, quando compreendida, pode se tornar mortífera.
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Personagens ricos e únicos:
Em seguida, temos os demais elementos que marcou e trouxe personalidade ao trabalho. Decerto, a trama geral é a descoberta de que Ronan está sofrendo muito. Incluindo que existe muito mais no vasto mundo mágico que pode colocar ele e todos que ele ama em risco. Na narrativa, temos múltiplos narradores: Ronan, Declan, e misteriosos e novos personagens. A princípio, pensamos estar lendo três histórias em um só livro. Logo, somos jogados montanha abaixo em alta velocidade para em uma explosão percebemos que tudo está interligado. E que segredos podem matar, criar vida e um mundo inteiro novo.
No entanto, devo dizer que Maggie escreveu uma história de amor e amizade, dos elos que nos ligam uns aos outros e da necessidade de compreender o que somos. Também nos trás um novo oponente tão vil que se camufla com a desculpa. Ou seja, estarmos fazendo o mal pelo bem maior. Mais realista que isso, impossível. Aliás, tudo isso se completa com personagens complexos e bem escritos. Ainda mais, trouxe uma reflexão bem profunda sobre relações, altruísmo e coragem.