Se você está procurando uma história envolvente com um enredo mágico em que a protagonista é descendente de bruxas, eu tenho uma dica! O Bosque das Coisas Perdidas é o novo livro de Shea Ernshaw, da mesma autora de A Maldição do Mar, e nele vamos nos aventurar pelo Bosque de Vime e descobrir o que essa floresta tão sombria esconde.
Sinopse:
Nora Walker vem de uma longa linhagem de bruxas naturais que compartilham uma conexão especial com o Bosque de Vime e é essa conexão que a leva até Oliver Huntsman, o garoto que desapareceu durante a pior nevasca dos últimos anos. Ele deveria estar morto, mas foi encontrado vivo na floresta, sem qualquer lembrança do que aconteceu enquanto esteve desaparecido.
Mas Nora pode sentir a presença de Oliver despertando a floresta, e não demora até perceber que, para manter as árvores adormecidas, ela precisará descobrir como o garoto a quem se apegou tão profundamente sobreviveu na floresta, e o que o levou até lá em primeiro lugar. O que Nora não sabe, porém, é que Oliver tem os próprios segredos — segredos que fará de tudo para manter ocultos, porque parece que ele não foi o único a desaparecer naquela fatídica noite, duas semanas atrás…
Bem vindo ao Bosque das Coisas Perdidas
Em O Bosque das Coisas Perdidas Shea nos presenteia com uma história fascinante, cheia de mistérios, segredos mortais e muito feitiço. O enredo é bem peculiar e instigante, a autora tem uma escrita muito leve e gostosa de acompanhar, ela sabe como te levar para dentro da história e isso deixa a conexão de leitor e protagonista ainda mais forte.
Se você prestar atenção nos detalhes que a autora vai colocando ao longo da história é fácil decifrar o desfecho, ou pelo menos o plot. Entretanto, isso não tira a magia do livro, pois o que mais chama atenção aqui é o desenvolvimento dos personagens e como eles vão lidando com os obstáculos que vão surgindo. Além disso, também é muito legal a descrição do local e desvendar os mistérios do Bosque de Vime.
Existe um outro elemento que complementa e deixa tudo mais especial é que entre cada momento da história Shea colocou algumas páginas para contar a história das Walker’s, e isso ficou muito legal. Você descobre quem foi a primeira Walker, como cada uma delas lidou o título de bruxa, qual era o dom de cada uma e um pequeno “feitiço” relacionado a aquele dom.
Quem é Nora Walker?
Não poderia deixar de falar dos personagens dessa história, mas especificamente de Nora e Oliver. Ambos têm muitas coisas em comum, jeitos, situações, trajetórias e não é à toa que os dois têm uma conexão muito grande. Mas além disso, a situação de vida deles, digamos assim, pode ser muito parecido com a realidade de muita gente.
Nora não é bem aceita entre os outros jovens. Ela não tem amigos, é excluída de tudo que acontece na escola, as pessoas falam que ela é má e fazem bullying com ela. Tudo isso porque ela é descendente de uma família muito especial que as pessoas da cidadezinha têm medo. Tratam ela como se fosse uma aberração, um ser totalmente diferente, mas ninguém chega perto dela para perguntar se todo o boato de bruxaria é verdade. E é muito bom ver como a Nora lida com isso. Óbvio que não é fácil e nem legal acompanhar certos momentos da história em como a personagem é tratada, mas ao longo da narrativa a própria Nora cria coragem e enfrenta, você consegue ver o orgulho que ela tem de ser uma Walker e que nada mais vai deixa-la para baixo.
Já o Oliver tem uma pequena diferença com relação a Nora. Ele parece ser um menino mais tímido que não consegue enfrentar os valentões. Os outros meninos não prestam atenção nele, ele vira motivo de piada e a única coisa que ele mais deseja é ser invisível.
Conclusão
O Bosque das Coisas Perdidas é uma história muito bela, gostosa de acompanhar e fácil de se envolver. Não é um grande plot ou um final emocionante que faz seus olhos brilharem, mas sim como é rico esse local criado por Shea Ernshaw. Facilmente eu leria mais histórias do Bosque de Vime e espero que você, meu caro leitor, queira também.