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Uma mistura de pensamentos e ideias instantâneas foi o resultado desse livro. Nunca Jamais é uma colaboração das autoras Collen Hoover e Tarryn Fisher, publicado aqui no Brasil pela Galera Record, que tinha tudo para ser uma boa história e acabou se transformando em uma grande confusão.

O livro narra um momento muito estranho da vida de dois jovens, Charlie e Silas. Imagine acordar sem saber quem é, onde está, quem é seu amigo, parente, ou qualquer outra informação. Estranho, né? Agora imagine começar uma leitura totalmente confusa assim como a cabeça dos personagens? Piorou né? Pois é, o livro já começa com uma vibe de transportar o leitor para dentro da história e sentir o que os personagens estão sentindo. É uma ótima jogada se não demorasse tanto tempo para o leitor se localizar na leitura e entender o que se passa. É tanto mistério que a própria leitura se torna uma incógnita na vida do leitor.

O que fica parecendo é que as autoras não conseguiram entrar em um consenso de como seria as personalidades dos personagens. Ok, esse pode ser o mistério da história, mas cansa. O livro demora muito para desenrolar. A leitura flui porque existe ação e uma curiosidade muito intensa da parte do leitor, mas ao mesmo tempo tudo é de uma lentidão para se chegar a um ponto de partida, digo nem ao final, mas ao início.

Mais uma vez, é uma grande confusão para os personagens e para a mente do leitor, que se não fosse pelo enredo, por uma sinopse muito boa e o nome das autoras, ele seria menos agradável ainda.

Quero saber se ela está se perguntando a mesma coisa que eu: O que significa Nunca Jamais?

Mesmo cheio de confusão, o que ameniza e deixa a leitura menos cansativa é o fato de intercalarem os capítulos com os personagens, cada capítulo traz a perspectiva de um dos dois personagens principais. Assim acabamos tomando afeições por determinado personagem, seja ele a Charlie ou o Silas, e isso acaba transformando a história em algo como: “Meu Deus, por que ele/ela está sofrendo?” ou “Para de ser otário/otária, agilidade meu povo”. Isso é muito divertido.

Mas ainda assim o livro peca pela tamanha confusão e falta de explicações. É uma grande interrogação. Vale a leitura pelo mistério.

 

Por: Bárbara Allen

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