
A Linguagem dos Dragões me chamou atenção logo de cara pelo título. Afinal, sou fascinada por histórias com dragões, ainda mais quando os autores prometem algo diferente do clichê. E foi exatamente isso que encontrei aqui: uma fantasia ousada, cheia de nuances políticas, dilemas morais e um sistema mágico extremamente criativo. Vem comigo saber tudo que achei desse livro belíssimo!
Conheça A Linguagem dos Dragões
Em A Linguaguem dos Dragões vamos conhecer Vivien Featherswallow, uma jovem prodígio nas línguas dracônicas. Ela tem tudo para trilhar um caminho brilhante, até que seus pais são acusados de traição e, numa tentativa desesperada de protegê-los, ela acaba iniciando uma guerra.
Agora, as mesmas línguas que a levaram a esse destino terão de salvar a ela, e ao mundo, do maior combate entre humanos e dragões que já existiu. Mas nesse jogo de corrupção e alianças trocadas, Viv terá que decidir de uma vez por todas em qual lado da guerra está.
Uma heroína cheia de falhas, mas cativante
Uma das coisas que me chamou atenção na história, sem dúvidas foi a protagonista. Viv é cheia de falhas, teimosa e muitas vezes egoísta. E, por mais que isso me irritasse em vários momentos, também tornou a leitura mais instigante. Afinal, essas caracteristicas transformou a personagem mais humana e complexa.
O ponto alto do livro, na minha opinião, é justamente esse sistema de magia baseado na linguagem. A autora conseguiu explorar de forma original como traduções, códigos e até pequenas alterações nas palavras podem mudar o rumo de uma guerra. Isso me envolveu demais, especialmente porque tudo isso vem embalado numa estética dark academia que eu adoro. A sensação de descoberta constante, os tratados de paz com mensagens escondidas, os debates sobre ética e justiça… tudo isso elevou minha experiência de leitura.
Além de Viv, me apeguei bastante aos personagens secundários, principalmente Atlas e Chumuna. Eles adicionam emoção e profundidade à trama, e o romance proibido que surge é sutil, mas impactante. Gostei também de como o governo foi retratado: cheio de corrupção disfarçada de ordem, de forma muito crível e incômoda.
Ponto negativo
A Linguagem dos Dragões não é isento de críticas. Vi muita gente reclamando da protagonista, e entendo. Tem horas em que Vivien realmente dá nos nervos. Mas, sinceramente? Eu gosto disso. Gosto de personagens que me fazem sentir raiva e empatia ao mesmo tempo. Também li opiniões dizendo que esperavam mais da ambientação ou que se decepcionaram com o final (que, sim, dói), mas isso só aumentou minha curiosidade pelas continuações.
O único ponto negativo, que me incomcodou de verdade, foi a ambientação. Infelizmente senti que poderia ter sido mais explorada, e mesmo ela ainda sendo suficiente para dar o tom certo ao enredo, ficou faltando aquela magia de explorar mais a cidade.
Leia também: Resenha: Inimigo Imortal, de Tigest Girma
Vale a pena?
Sim, vale! Especialmente se você procura uma fantasia que fuja do óbvio. A Linguagem dos Dragões me conquistou pelo seu diferencial e principalmente por ser uma leitura que provoca, que exige atenção e que entrega bem mais do que um conflito épico. Me emocionou, me irritou e me deixou ansiosa para o que vem a seguir. Então, se você gosta de histórias complexas, com personagens cinzentos e muita intriga, recomendo com força.