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Dez anos atrás nós conhecemos a corajosa Katniss, tributo do distrito 12 que se voluntariou para os Jogos Vorazes com o intuito de salvar sua irmã. Vimos uma Panem próspera e rica abrigando os mais diferentes estilos de pessoas. Assistimos uma revolução começar e terminar, surpreendendo a todos com a escolha feita pelo Tordo. Vimos o Presidente Snow cair e os sobreviventes aprenderem a conviver com um novo, desconhecido e livre mundo. Mas chegou a hora de conhecermos o inicio de tudo isso em A Cantiga de Pássaros e Serpentes.

Esse é o tipo de livro que eu comecei já com as expectativas meio balanceadas. Não cheguei a ler de fato, mas notei que as críticas eram enormes, imaginem então minha surpresa por ter AMADO esta história!

A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes conta a história de um jovem Snow mais ou menos 65 anos antes da trilogia que nós já estamos familiarizados. Com apenas 18 anos de idade, conhecemos mais a fundo o que deu origem ao ditador e vilão que tanto odiamos. Mas não se engane pois em nenhum momento o livro, com quase 600 páginas, justifica ou “passa pano” pra nenhuma das atitudes desprezíveis desse personagem, apenas se aprofunda em sua história de vida, seus pensamentos, sua formação de caráter e tudo que Snow fez para alcançar o poder.

Você pode botar a culpa nas circunstâncias, no ambiente, mas foi você quem fez as escolhas que fez, mais ninguém.

Foto do livro A cantiga dos pássaros e das serpentes ao lado dos outros da série
❝Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo.❞


Quem é fã de Jogos Vorazes vai entender a origem de diversos elementos que já são conhecidos e foram abordados tanto nos livros quanto nas adaptações. É uma sensação extremamente nostálgica presenciar determinados acontecimentos e ver algumas peças se encaixando na mente. As rosas brancas; a música (ou cantiga) cantada pela Katniss conhecida como Hanging Tree; os bestantes; os tordos e até o desprezo pelos distritos, principalmente o 12. Vemos também a diferença como os tributos eram tratados; se já soa ruim ir para uma arena enfrentar a morte iminente, acredite quando eu digo que isso piora nesse livro. A crueldade está bastante presente, assim como as ideias que foram adiante para criarem os jogos que conhecemos.

Ao ser designado como mentor da décima edição dos Jogos Vorazes – algo inédito, diga-se de passagem – Snow se sentiu humilhado por ter seu nome chamado juntamente com uma tributo do distrito 12. Almejando se destacar a todo custo, ele não mede esforços para fazer de sua escolhida a campeã, mas talvez tenha mais coisa envolvida do que apenas uma bolsa na universidade para o mentor vencedor dos jogos. O nome da sua família está em jogo e ele precisa mostrar que ainda são importantes na sociedade. 

Diferentemente da trilogia, esse livro apresenta uma narrativa mais lenta e explicativa, ao invés de optar por ações, batalhas e guerras. Não vemos uma luta por revolução, e sim a ascensão de um personagem desprezível ao poder. Talvez seja por isso que não agradou algumas pessoas, mas eu achei interessantíssimo entender o inicio de tudo. Todos os segredos levados ao túmulo faz com que pensemos em todas as coisas não ditas dessa história. Além de que eu achei esse título encaixou muito bem e faz bastante sentido conforme você adentra na leitura.

Há bastante política em jogo, tanto nos personagens da capital quanto no de outros distritos que conhecemos ao desenrolar da leitura. Por diversos momentos vemos questionamentos sobre o que é certo e errado em relação aos acontecimentos do governo, mas, como era de se esperar, quem se opõe diretamente é silenciado o mais rápido possível.

Por mais que o livro aborde a 10ª edição dos Jogos Vorazes, eu acho que a leitura encaixa melhor quando lida após a rebelião, seguindo a ordem de lançamento dos livros. Meu único ponto negativo é que alguns personagens secundários poderiam ser melhor apresentados, mas fiquei satisfeita com quem nos foi apontado como aliados ou não do futuro presidente Snow. Torci, chorei, fiquei tensa e senti vontade de xingar, ou seja é um livro que eu recomendo demais e que me deixou ansiando por ainda mais sobre Panem.


❝O show só acaba quando o tordo canta.❞

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1 thought on “Resenha: A Cantiga de Pássaros e Serpentes, de Suzanne Collins

  1. AAAAAAAAAAAA. Eu amo as resenhas da Jéssica, e essa não foi diferente. Eu estava super curioso para ela terminar e serenar esse livro. Agora, estou curioso e só não compro direto por causa da grana mesmo, pois se fosse pela capacidade de convencimento dela, eu teria comprado agora! Obrigado por essa resenha sensacional que me influenciou diretamente. Lerei esse livro por intimidação da Jéssica Lassance. Amo que amo <3 <3

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