Um dos dias mais aguardados por todos, no Brasil e no mundo, está chegando. A tal Black Friday, que acontece na última sexta-feira do mês de novembro, é o momento em que pessoas gastam quase todo seu dinheiro com coisas que, supostamente, estão baratas e que boa parte são objetos que não estão no plano de compra. Ou seja, algo fútil que só irei usar, talvez, ano que vem. Então, por que compramos se não precisamos?
Pois bem, o ato de consumir está relacionado as nossas necessidades, já o consumismo está vinculado aos gastos com produtos sem utilidade imediata. Segundo um estudo do SPC e da CNDL, as classes C, D e E são as que mais compram sem necessidade, motivadas por promoções. E aí que entra a grande jogada do mercado durante a Black Friday, também conhecida como black fraude. Mas a questão aqui não é questionar como é feita a colocação dos preços durante esse dia, mas sim o que leva o consumidor comprar apenas por estar escrito “promoção”. Isso é algo que não se pode deixar passar despercebido, pois algumas das vezes pode se transformar em doença.
Porém, para que esse consumismo compulsivo seja considerado doença é preciso que boa parcela da vida da pessoa esteja voltado para isso, de forma em que comece a afetar a saúde emocional, vida social e, principalmente, o financeiro. A questão não é se a pessoa é rica ou pobre. Muitas das vezes ela se endivida sem perceber, vê sua vida de cabaça para baixo, nome sujo e não consegue parar. Nesses casos a necessidade de comprar leva a pessoa a perder completamente os sentidos das suas ações e decisões.
Ainda de acordo com a pesquisa do SPC e da CNDL, 3 a cada 10 brasileiros são consumidores conscientes. Esses números deixam claro o quanto o consumismo está presente entre os brasileiros e que esse comportamento do consumidor ocorre em todas as classes sociais. Sabemos que é uma tentação ver algo baratinho e ter o dinheiro para gastar, mas o ponto é que nem sempre é realmente uma promoção, e que nem sempre precisamos comprar, mas nos deixamos levar por essa palavrinha mágica.
Bom, a Black Friday está aí, a situação do país está lá embaixo e o Natal também está chegando. Porém, mais um ano irá passar com as pessoas com a corda no pescoço. Será que vale a pena se deixar levar por uma simples palavra?