No último domingo (08), aconteceu a Hallyu Rio, um evento totalmente voltado à cultura coreana, que foi realizado no Imperator, uma das maiores casas de show do Rio de Janeiro. Entre as diversas atrações que o evento trazia, a mais aguardada foi o cover, tanto de canto quanto de dança, e uma observação que vale destaque é: como o cover carioca tem se profissionalizado.
Há algum tempo atrás, mais ou menos em 2013, qualquer um podia dançar. Em um evento de anime que tivesse a sorte de ter concurso de K-Pop, apenas se via 3 ou 4 grupos querendo dançar. Hoje em dia há inúmeros eventos exclusivos para o K-Pop, e para ter uma chance de se apresentar, é necessário enviar um vídeo para ser avaliado pois só é possível que 10 grupos se apresentem.
O que isso quer dizer? O K-Pop, de uns tempos para cá, está crescendo muito e parece que vai continuar crescendo cada vez mais. Pode-se afirmar que o boom da Onda Hallyu no Rio de Janeiro foi no meio de 2014, com o evento Music Bank, no antigo HSBC Arena, onde diversos grupos coreanos se apresentarem em meio a uma multidão que os aguardavam.
A partir daí, eventos de K-Pop começaram a surgir e o cover começou a se profissionalizar. Mais e mais grupos começaram a surgir, levando a uma pré-seleção para participarem de concursos. O figurino também deixou de ser simples roupas para peças customizadas por costureiras. Além disso, engana-se quem pensa que os covers não têm fãs clubes.
A Hallyu Rio foi um ótimo exemplo de todos esses elementos juntos. Todos os covers que se apresentaram no quesito dança deram um verdadeiro espetáculo, podia-se facilmente acreditar que os verdadeiros grupos de K-Pop estavam ali se apresentando.
Aileeance (Ailee / Don’t Touch Me), Venus (Momoland / Bboom Bboom), Doublebig (BTS / Mic Drop), Magical (Berrygood / I (Knew it)), Ayoblack (Dreamcatcher / Good Night), Sick (NCT 127 / Cherry Bomb), The Xtep (vencedor – BTS / Not Today), Queens (CLC / Oh No No), Recycle (Destaque – BigBang / La la La) e Phoenix (WJSN / Catch Me) foram os covers que se apresentaram no quesito dança, com suas respectivas músicas, dando um verdadeiro show.
Figurinos impecáveis, coreografias complicadas, mas muito bem elaboradas, breaks, introduções, mixagens, todos os elementos combinados para dar ao espectador o melhor do cover. Com certeza, um espetáculo à parte.
Isso só demonstra que o Rio de Janeiro tem sim como ser profissional quando se trata de cover, que K-Pop não é só São Paulo. A Hallyu Rio e o cover carioca abrem portas para que a Coreia do Sul veja o Rio de Janeiro com bons olhos, colocando o estado na reta para que mais grupos e eventos sejam realizados na cidade maravilhosa.