Todo mundo sabe que a Páscoa é um feriado com divergentes comemorações. Alguns comemoram com ovos de chocolate outros com a ressurreição de Cristo, mas já se perguntou por que coelho na Páscoa? Ou por que é tão cultuado quanto o Natal? Então responderemos todas as questões ficaram na sua cabeça durante anos.
É claro que cada ser humano possui uma perspectiva em relação ao feriado dos ovos, porém nas culturas ocidentais a Páscoa seja, talvez, a comemoração mais importante a seguir ao Natal. A sua origem está contida nos rituais pagãos e remonta a séculos antes do nascimento de Cristo. Por essa época as tribos pagãs da Europa adoravam a deusa da primavera, “EE-ah-tra”, mais tarde chamada de Eostre. Para prestarem culto a essa deusa, no final do mês de março eram organizados festivais que celebravam o início da Primavera. Acredita-se que o nome da deusa Eostre foi evoluindo, tanto na língua inglesa como na alemã, até chegar a Easter e a Ostern, respectivamente, e que significam Páscoa.
Além disso, ela também já era celebrada pelos judeus antes do nascimento de Jesus mas sem qualquer sentido religioso. Era festejada como o dia da liberdade, após anos de escravidão no Egito. Já para a civilização cristã, a palavra “Páscoa” tem origem na palavra hebraica “Pessach” que significa “passagem” pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu dois dias depois da sua morte na cruz (sexta-feira santa).
Mas afinal, por que tem o Coelho da Páscoa?
Na verdade o animal escolhido foi uma lebre e não um coelho. Desde a antiguidade que a lebre, cuja gestação dura apenas um mês, era considerada a representação da Lua, que neste mesmo espaço de tempo passa da escuridão da Lua Nova ao brilho da Lua Cheia. E era assim que, para os povos antigos, a última Lua cheia após o equinócio de inverno determinava a data da Páscoa. A relação da lebre com a Páscoa deve-se ao fato de ter sido escolhido pelos povos anglo-saxões da era pré-cristã como a figura representativa da fertilidade, devido à sua característica de se reproduzir rapidamente e em grandes quantidades. Em uma época onde a taxa de mortalidade era altíssima, as lebres eram assim associadas à abundância da nova vida após um inverno de privações, bem como sinônimo de preservação da espécie e esperança de melhores condições de vida.
Tudo bem, mas e os ovos?
A relação do ovo com as diversas culturas humanas já é ancestral. Desde os primórdios da humanidade que o ovo foi considerado como a mais perfeita embalagem da natureza. Sabe-se que os sacerdotes druidas escolheram a imagem do ovo como seu símbolo. Os chineses tinham o hábito de pintar ovos de pata para celebrarem a vida que deles nasce. No antigo Egito, Pérsia, Grécia e Roma os ovos eram dados como presente para celebrar a chegada da Primavera e eram cozidos e comidos durante as celebrações. Estas culturas consideravam o ovo como símbolo do universo, como o princípio da vida. No entanto, a relação do ovo com a Páscoa só chegou à Europa por volta do século XV. Supõe-se que foram os missionários e os cruzados que trouxeram para a Europa Ocidental o costume de se usar os ovos como presentes de Páscoa, que naquela altura eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo. Os cristãos rapidamente adotaram essa tradição e o ovo passou assim a ser o um dos símbolos da época da ressurreição de Jesus Cristo. Por volta do século XVII aparecem os primeiros ovos de chocolate e mais tarde, na década de 60, aparecem os ovos plásticos recheados de pequenos ovos de chocolate ou bombons.