Desde que me entendo por gente, a música representa muita coisa no dia a dia. Ela consegue estar presente em todos os momentos de alguém, das tristezas até as alegrias, cumprindo a função da arte e além, ao conseguir confortar e até salvar vidas. É como uma luz no fim do túnel, ao conectar o músico até o ouvinte, tornando-se um amigo por poucos minutos. Essa força que mantém a relevância da canção, com suas diversas mutações e ciclos dos estilos que fazem sucesso. Ainda assim, ela está sempre lá. Consegue ser a arte que causa inveja, pois ela está por todos os lugares, não precisa de esforço para ser encontrada, enquanto o cinema, o teatro e a pintura, não.
De certa forma, ela é um personagem na vida de todos nós, que está invisível e aparece ao colocarmos os fones, transformando-se em um psicólogo sem precisar passar por 4 anos de faculdade. Ao mesmo tempo que possui essa profundidade, pode ser a companhia para lavar a louça ou o banheiro. É uma arte livre, por mais que tentem defini-las e colocá-las em caixas pré-definidas.
Vivemos um período diferente da música, com as pessoas acreditando que apenas as músicas chicletes como “Que Tiro Foi Esse?” fazem sucesso, no entanto é uma visão superficial. Nunca houve um período tão próspero e plural no mundo musical. O compartilhamento das canções via streaming e a facilidade em produzi-las fortalece o meio, enquanto o fã escolhe o que ouvir, fugindo das mídias tradicionais.
A música conecta as pessoas, um grande exemplo são os shows. Você vira amigo, canta e dança junto com pessoas aleatórias, sumindo com todas as diferenças, como um só. Dali podem até surgir amizades, parecendo que já conhece a pessoa a muito tempo, enquanto conversa sobre seus ídolos.
Ela representa tantos sentimentos e ações, sendo a expressão artística que mais nos define, parte fundamental da vida, com suas batidas e ritmos, uma energia compartilhada.