Quem disse que HQ não é literatura? Claro que é, e sem dúvidas Nimona é a prova disso.
A graffic novel, escrita e desenhada por Noelle Stevenson, narra a trajetória da jovem metamorfa, Nimona, no qual tudo o que queria era se torna uma vilã ao lado de seu ídolo Lorde Ballister Coração-negro. Porém, uma coisa que incomoda a anti-heroína logo de cara é o fato de seu ídolo seguir as regras e planejar seu plano de vingança contra a Instituição de Heroísmo & Manutenção da Ordem com calma e paciência, enquanto que Nimona é pavio-curto e impulsiva.
A história vai circulando pelo ponto de vista do Lorde Ballister e, algumas vezes, pelo Sir Ouropelvis, que percebem o potencial da metamorfa e como os seus poderes são extremamente fortes.
O livro é um exemplo de como os quadrinhos são uma forma diferente de literatura, já que eles foram criados para passar histórias reais adiante, pelos povos antigos e também foram utilizadas para satirizar políticos e a nobreza. Hoje, os quadrinhos contam histórias de diversos personagens e fatos históricos, não só apenas de Nimona.
O livro foi lançado pela editora Intrínseca e traduzido por Flora Pinheiro. A capa é linda, com os três personagens principais e tem a ilustração dos animais que a Nimona se transforma em relevo. A arte do quadrinho é única e ajuda dar o clima divertido e misterioso ao longo da narrativa.
Então vamos deixar o preconceito de lado, dizendo que HQ é só de heróis e Turma da Mônica, e dar uma chance a essa arte.
Por: Luisa Souto