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Mamma Mia!, lançado em 2008, seguiu o esquema dos musicais anteriormente exibidos em palcos teatrais. Tendo como base estrutural as músicas, clima festivo e multicolorido do ABBA, banda sueca marco da década de 1970, a produção foi roteirizada por Catherine Johnson, a mesma do espetáculo da Broadway, tendo direção mediana de Phyllida Lloyd, detalhe que não impediu o filme de ser um sucesso comercial, misto apenas no bojo da crítica especializada.

Sob a eficiente direção musical de Benny Anderson e Bjorn Ulvaeus, integrantes do ABBA, Mamma Mia nos apresentou Sophie (Amanda Seyfried) em busca da identidade do seu pai. As possibilidades gravitavam em torno de Sam (Pierce Brosnan), Harry (Colin Firth) e Bill (Stellan Skarsgard). No final das contas, interpretamos que Sam provavelmente é o pai, haja vista as habilidades semelhantes com a garota, mas não fica nada explicitamente declarado e a garota considera os três como seus pais.

Ao encerrar a narrativa, sabemos que tudo vai ficar bem, agora chegou o momento de retomar a história, com adição de novos personagens. Para complementar o elenco, a produção sabiamente convidou Cher e Andy Garcia. Com novos números musicais, inspirados pelos sucessos do ABBA, Mamma Mia! – Lá Vamos Nós de Novo promete ser o que o seu primeiro filme foi: entretenimento sem agressão intelectual, mas com foco no escapismo e sem grandes pretensões sociológicas e reflexivas.

Nessa nova aventura, a narrativa trafega entre o passado e o presente, tendo em vista revelar dados sobre a história de Donna e de suas amigas. Na juventude, as moças de “espírito livre” são interpretadas por Lily James (Donna), Jessica Keenan Wynn (Tanya) e Alexa Davies (Rosie). Os rapazes são concebidos pelos desempenhos de Jeremy Irvine (Sam), Hugh Skinner (Harry) e Josh Dylan (Bill).

O argumento que sustenta o filme é a forte presença da memória. Sophie quer levantar a moral do hotel de sua mãe e, nesse processo, ergue também os pilares de sua memória, bem como a de todos os envolvidos no processo. Para isso, o filme conta com os diálogos, as histórias contadas e a técnica impecável da produção. A direção de fotografia nos deixa com vontade de estar na Grécia. É tudo esteticamente muito cuidadoso, como geralmente toda produção pop preocupada com o tom “espetáculo” deve ser.

Os figurinos cumprem muito bem as suas respectivas funções, em especial numa cena envolvendo a personagem Donna numa plantação de laranjas. É algo extremamente belo e visualmente emocionante. Assim, conforme exposto, Sophie reergue o espaço e conta com uma equipe de suporte bem forte: as amigas inseparáveis de sua mãe, os seus três pais, o seu amado Sky e a chegada da sua avó, interpretada por Cher.

Cher em Mamma Mia! Lá vamos nós de novo
Cher em Mamma Mia! Lá vamos nós de novo

Quem assumiu a direção da sequência foi Ol Parker, também colaborador no roteiro, escrito em parceria com Richard Curtis e Judy Carymer, inspirados no musical de Catherine Johnson. Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus retornam para a mesa da direção musical, acompanhados por Anne Dudley. A dupla de produtores, parte integrante do grupo nos anos 1970, aparece na abertura do filme, numa cena de formatura, comprovação do total envolvimento com a realização que leva na forma e no conteúdo o seu legado musical.

Um detalhe que é importante de ser ressaltado é uma pequena confusão de idades entre os personagens. Cher, como a mãe de Donna, tem apenas três anos mais que Meryl. É algo que é estranho se pensar, mas que não estraga completamente.

Com números musicais orgânicos e uma narrativa alegre , Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo se equilibra entre a nostalgia pela excelência do original e as ótimas músicas do ABBA. De positivo, há o magnetismo de Lily James como a jovem Donna, a boa presença de Cher, a recriação da canção “Mamma Mia” e ainda a breve participação de Meryl Streep, nos momentos mais emotivos deste longa-metragem. Pode não ser perfeito, mas vai te fazer cantar ao sair da sala de cinema.

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