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Bate papo com Clara Alves e a literatura LGBTQUIAP+

Clara Alves e Felipe Cabral no Estande da Submarino

Responsável pela obra “Conectadas”, a autora Clara Alves tem ganhado um papel importante entre os jovens e na representatividade. Dentro da Bienal do Livro 2021, seu trabalho não para de ser comentado e está na lista dos “Mais vendidos”. Diante disso, Clara Alves compartilhou conosco um pouco de suas sensações por estar presente no evento e o que espera para o futuro da literatura com representatividade LGBTQUIAP+:

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1.Qual é a sensação de estar na Bienal, mostrando seu livro ao público?

Está sendo muito diferente. Em 2019, eu estava aqui na Bienal , lançando “Conectadas”, mas era tudo muito novo ainda e as pessoas não conheciam muito o meu livro. Na verdade, eu estava mais para vender do que falar sobre ele. Então eu ficava todos os dias no estande da Companhia das Letras e conversava com as pessoas sobre o que era o livro. Mas, aqui, estou vendo  todo o resultado de tudo o que trabalhei por dois anos lançando o livro. Durante o período de isolamento, eu fiz algumas ações online para chamar atenção. Mas ver aqui várias pessoas pegando autógrafo é muito surreal para mim. Eu acho que a Bienal em si está sendo um momento de esperança, vendo que as coisas estão melhorando e dando certo, dá uma expectativa de que ano que vem a gente  consiga ter mais eventos. Até porque a literatura salva!

2-Como está sendo para você de ser um nome muito importante, aqui no Brasil, com muita representatividade LGBTQUIAP+ na literatura e também como comunicadora?

Eu confesso que , ás vezes, parece mentira. Principalmente quando entro na lista dos mais vendidos. Mas eu fico muito honrada das pessoas estarem confiando na minha literatura. Muitos já me contaram que já se descobriram por conta do meu livro e que se sentiram representadas. Fico muito feliz que essa literatura esteja crescendo tanto no Brasil, porque isso significa que os jovens de hoje vão ter muito mais oportunidades do que eu tive na minha adolescência. Espero que no futuro tenhamos mais autores falando sobre isso e estejam nos “mais vendidos”.

Clara Alves: Um papo sobre a literatura LGBTQUIAP+
Sessão de autógrafos com Clara Alves e Felipe Cabral

3-Como foi o processo criativo da obra?

O livro em si já é uma junção de ideias. Então eu já tinha a pretensão de trazer os “fakes” da época do Orkut, que foi o que vivi na minha adolescência. A ideia veio de uma série que assisti que falava sobre um cara que se apaixona por uma garota, achando que era um garoto. Eu tinha amado a série,  mas lembro que seria bem melhor se ele se apaixonasse por um garoto. Ou seja, uma história LGBT. Ali foi a primeira semente de conexão. Quando a minha agente contou que teria uma reunião com as editoras, falei para pensarmos numa ideia inédita. Assim, coloquei tudo em prática com a história, os personagens. A história é uma inspiração de momentos que vivi e assisti. A ilustração foi feita pela editora e quando mostraram a capa, a ilustradora acertou de primeira.

4-Durante todo o processo, você sentiu medo do que poderia acontecer só pelo fato de você estar representando uma história LGBTQUIAP+?

Quando eu tava escrevendo, eu pensei muito na publicação. É um sonho meu e queria realiza-lo. Não tive outro espaço para nenhum outro sentimento. Em nenhum momento isso me atingiu, até que chegou a Bienal do Livro 2019.  Eu fiquei com medo de sofrer algo nesse momento. Mas, fui muito privilegiada e depois distribuído de graça, pelo Felipe Neto, e teve um crescimento muito grande.

5-Como você vê o futuro do gênero Young Adult LGBTQUIAP+?

Eu vejo que as editoras estão prestando muita atenção nessa literatura, já que está tendo aumento de vendas e vai se manter por um bom tempo. Acredito que a tendência é que a gente  saia um pouco do Y.A (Young Adult) e migre para outros gêneros que tratam  mais o LGBT . Então precisamos ir para fantasia, ficção científica e os demais. As editoras estão evoluindo junto com o mercado.

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