O filme Valerian e a cidade dos mil planetas possui bons efeitos sonoros e, principalmente, efeitos gráficos especiais, o que agrega emoção as cenas de ação. Falando em ação, isso é uma coisa que não falta no filme, as vezes até parece que estamos em jogo de vídeo game tamanho são os efeitos.
Talvez o fato de terem se preocupado tanto em não deixar um filme parado é que acabaram esquecendo do roteiro, que se tornou meio café com leite, pois existem cenas que não deixam muito claro do que se trata, deixando a história um pouco bagunçada e acaba por não dar oportunidade para a história crescer. Por exemplo, logo no inicio existem cenas com bons conteúdos, mas que são esquecidas pelo exagero de ações e uma obrigação de criar um romantismo entre os protagonistas.
O enredo tinha tudo para ser mais agradável para o público do cinema, mas o cenário confuso e falta de contextualização tornou o filme perdido e com elementos que não se casavam. Sem contar um vilão, que nem era “vilão”, muito fraco e sem importância. Umas piadas muito das sem graças e momentos tão “?” também marcaram presença durante todo filme.
Os protagonistas por sua vez, Valerian (Dane DeHaan) e Laureline (Cara Delevingne), tem seus pontos positivos, pois são atores que realmente incorporaram os personagens. Mas o roteiro fraco não permite que o público se apegue a eles. Sem contar o fato de forçarem um romance entre os dois que nem se explica o porquê e nem elaboram algo mais agradável.
Mesmo com muitos pontos negativos, é um filme bom para se analisar e nos posicionarmos diante da situação, de modo grosseiro, que é apresentada. Sem dúvidas a ideia geral da história era transmitir o sentimento de lealdade e perseverança. Uma forma de reflexão sobre as nossas atitudes de ante dos outros, principalmente inferiores, como os nossos egoísmos nos transformam e nos deixam cegos. Mesmo confuso, o filme narra, de forma futurística, o que a humanidade está vivendo, primeiro EU e minha GLÓRIA!
O filme Valerian e a cidade dos mil planetas foi baseado na HQ da francês-belga Pierre Christin de 1967. Atualmente o filme está em cartaz nos cinemas com distribuição da Diamond Films e já registrou mais de 191 mil ingressos vendidos.
Por: Thiago Afonso