Você se lembra de filmes como “Sexta Feira Muito Louca”, “A Outra Face”, “Operação Cupido”,” Eu Queria Ter a Sua Vida”, “Garota Veneno”, entre outros? Quase todos eles vieram de “O Príncipe e o Plebeu”, de Mark Twain . O que eles têm em comum? Os protagonistas trocam de corpo e assumem a vida um do outro. Certo? Em “A Princesa e a Plebeia’ é outra versão da história “rico troca de lugar com pobre” com garotas e no Natal!
Nessa obra, Vanessa Hudgens interpreta duas personagens. De um lado, a ambiciosa Stacy, uma confeiteira/boleira que viaja para Belgravia (um reino fictício) para competir em um reality show de bolos de Natal. Do outro lado, a atriz interpreta a Duquesa de Montenaro, Margaret Delacourt. Ela é a noiva prometida do príncipe Edward (Sam Palladio).
Um dia as duas se encontram e descobrem que são iguais. Com isso, elas trocam de lugar. Margaret incorpora a americana de Chicago e Stacy assume o sotaque inglês para se passar pela duquesa.
Com a aproximação do Natal, muitos diretores acabam investindo pesadamente em filmes que carregam o cenário natalino, que apesar de ser um tema fácil de se explorar, requer cuidados comprometedores. Mesmo carregando uma essência da data comemorativa, A Princesa e a Plebeia é um título que não explora diretamente todo o contexto do natal, mas acaba utilizando o cenário para desenvolver diversas questões bem trabalhadas.
Um fator muito presente no desenrolar no longa-metragem é a forma que Mike Rohl utilizou para aprofundar em uma nova imagem de papai noel, ele não distorceu o esteriótipo do velho barbudo, mas utilizou determinados personagens para nos ensinar que toda energia de Natal é a empatia e gentileza, assim contendo um grande diferencial de outros clichês natalinos.
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A interpretação de Vanessa Hudgens em duas personagens totalmente distintas acaba sendo um ponto bastante forte e destacado no filme, consequentemente sendo bem desenvolvido e fantasticamente investido pela produção, mesmo com alguns problemas de roteiro. O fato de acompanharmos pessoas com culturas divergentes é bastante curioso, além disso, acaba sendo toda a comédia presente na história.
O filme acaba sendo uma comédia romântica ao explorar os sentimentos dos personagens, também sendo um dos destaques mais emotivos do longa. A insatisfação, indignação, amor e diversos outros sentimentos acabam sendo manifestados pelas protagonistas, porém, o amor e afeto pelo próximo são os mais aprofundados, desenvolvendo um romance que divide opiniões.
Em questão de produção o título consegue ser bastante aclamado, mas com algumas ressalvas, principalmente com o olhar de Vanessa Hudgens em algumas cenas que a equipe de produção teve que mesclar ambas personagens em um cenário, o olhar não condiz com a posição de umas delas e isso acaba sendo notável. A fotografia é bastante encantadora, ela é investida em tonalidades claras e muito fantásticas. A trilha sonora também acaba sendo bem relevante com o clima desenvolvido ao acompanhar da história.
A Princesa e a Plebeia é um filme de comédia que carrega inspirações e referências de outros clássicos, porém de uma forma chamativa e curiosa. Mesmo sendo um clichê o diretor soube trabalhar para que o título tornasse interessante, sendo uma opção de entretenimento muito agradável para aqueles que gostam de uma comédia romântica.