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Que série simplesmente esplêndida! Eu estava bem receosa com o que iria encontrar nesse novo enredo, que tem um papel muito importante de ser a sucessora de A Maldição da Residência Hill, mas agora posso dizer que A Maldição da Mansão Bly foi uma das séries mais perfeitas de horror e drama que já assisti.

Criado por Mike Flanagam, a trama é sobre a jovem americana Dani (Victoria Pedretti), que decide ir trabalhar como tutora de duas crianças órfãs na Mansão Bly, no interior da Inglaterra. Flora (Amelia Bea Smith) e Miles (Benjjamin Evan Ainsworth) perderam os pais e a sua última tutora, são crianças maravilhosas, porém cheias de traumas e não demora muito para Dani perceber que não são apenas os irmãs que tem algo estranho, o local também possui uma energia bem diferente e assustadora.

Talvez você deva está pensando que pode ter visto esse tipo de personagens em outros lugares, pois é verdade. A história base para a construção dessa temporada foi o livro clássico de Henry James, A Volta do Parafuso, escrito em 1898. O livro também serviu de inspiração para filmes como Os Outros e Os Órfãs. Por conta disso, talvez não seja tão surpresa algumas reviravolta que acontecem na série, mas acreditem, nada disso tira o encantamento que Flanagam construiu para a Mansão Bly.

Personagem Dan, interprestada por Victoria Pedretti, na ´serie A maldição da mansão bly
Personagem Dan, interprestada por Victoria Pedretti, na ´serie A maldição da mansão Bly

Desenvolvimento espetacular

A história vai crescendo a cada episódio e deixando qualquer um vidrado naquele ambiente. Diferente da sua antecessora, A Maldição da Residência Hill, o maior potencial de A Maldição da Mansão Bly está no drama dos seus personagens. Ou seja, não assista esperando grandes sustos ou vários fantasmas porque não é isso que terá (talvez muitos fantasmas, mas isso é outro ponto.). É uma história de poucos personagens, mas mesmo assim rica em elementos para contextualizarmos.

Além dos personagens serem bem construídos e irem crescendo ao longo dos 9 episódios, também não podemos deixar de falar que isso acontece graças ao elenco maravilhoso que deu a vida a essas personalidades tão peculiares da série. Claro, boa parte do elenco foi aproveitada da A Maldição da Residência Hill, como por exemplo: Victoria Pedretti que agora é Dani e antes foi  Nell, Henry Thomas que antes foi o pai e agora é tio, Oliver Jackson que interpretou Luke Crain na trana anterior e agora é Peter Quint e brilha no papel desse vigarista. Não podemos deixar de falar de Carla Gugino que mesmo tendo poucas cenas, é a pessoa que possuiu uma das personagens mais maravilhosas (na minha humilde opinião).

A pequena Flora ao lado da sua misteriosa casa de boneca
A pequena Flora ao lado da sua misteriosa casa de boneca

Leia também: Crítica da série A Maldição da Residência Hill

Cada personagem possuiu seu obscuridade e seu demônio interior, até mesmo as crianças, pois o que chama atenção nessa temporada é o fato dos fantasmas abrigarem as pessoas e não a casa em si, a casa é apenas um lugar de passagem que tem sua história, mas não é o centro da trama em si.

Poderia continuar falando dessa série por mais muito tempo, afinal eu queria discorrer sobre cada um dos personagens, mas eu não poderia deixar de falar da Dani e Jamie que foi minha euforia. As cenas das duas juntas são tudo, exala amor, paixão, sintonia e cumplicidade. É simplesmente esplêndido ver como a conexão das duas levou uma história de horror se transforma em um romance que você tem que ter esperança e viver cada dia de uma vez.

 

Episódios e diálogos bem construídos

Outra coisa que me chamou muita atenção foram os diálogos muito bem estruturados e sempre com a intenção de construir um clímax para cena. Tudo que é dito ali não é por acaso, todas as ações não são atoas ou pra encher tempo de episódio, tudo muito bem construído justamente para deixar o ar de mistério e uma boa conexão no final.

O destaque vai para o quinto episódio, focado na personagem Hanna Grove (T’nia Miller), que é quando a história começa a ter algumas explicações para os personagens. Além disso, é um episódio cheio de lapsos temporais que faz toda a diferença para a concepção do grande final da série. É um dos poucos episódios que requer 100% da sua atenção, mesmo as vezes parecendo um pouco chato, porque diversas cenas ficam repetindo, é extremamente necessário para tudo ficar mais claro na sua cabeça e você começar a ter uma nova visão dos personagens.

jovem Miles o orfã da série A Maldição da mansão Bly
jovem Miles o orfã da série A Maldição da mansão Bly

 

Será que teve ponto negativo?

O que talvez eu não tenha gostado tanto, foi a história da Dama do Lago, na verdade a história é boa, mas acho que a poderia ter seguido o rumo sem voltar nos anos de 1600 para contextualizar apenas um fantasma. Vale ressaltar aqui que o enredo possuiu três tempos, são eles: 2007 que é o tempo que a história está sendo narrada, entre 1980 e 1987 que é o tempo que a história acontece e no século 17 (1600) que é o tempo do mistério em si da Mansão Bly.

O final foi algo que me surpreendeu positivamente, para uma história de terror, digamos assim, me emocionou e deixou meu coração quentinho e apaixonada ainda mais pelos personagens e suas histórias. Foi tudo muito redondo sem deixar brechas e falta de explicações.

A Maldição da Mansão Bly lançou em outubro de 2020 na Netiflix e possuiu 9 episódios, com aproximadamente 60 minutos cada um, mas que posso garantir que vão passar e vocês nem vão sentir que já chegaram na cena final.

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