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Leia tudo sobre Coringa: Delírio a Dois

Mesmo diante de polêmicas, eu devo dizer, depois de ter assistido, que Coringa: Delírio a Dois não é tão ruim quanto se fala. Na verdade, a obra tem seus pontos positivos. Mas, ele não é grandioso quanto seu antecessor. Por isso, vamos falar de Coringa: Delírio a Dois:

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2 anos depois dos eventos de Coringa:

Em 2019, foi quase impossível passar batido por Coringa. O filme, que imaginou uma nova versão para o maior inimigo do Batman, suscitou as mais variadas reações. Mas, a ideia principal é que temos um estudo do ser humano e suas emoções que se tornaram uma ideia. E às vezez, ideias podem ser tão perigosas quanto um assassino vestido de palhaço. Não à toa, Todd Phillips usa a continuação Coringa: Delírio a Dois para examinar seu protagonista, a história original e sua repercussão, em um julgamento metalinguístico ousado, ainda que irregular.

A sequência volta as atenções ao Coringa meses após os atos que encerraram o primeiro filme. À espera de responder em tribunal pelos crimes que cometeu e admitiu ao vivo na TV, Arthur Fleck passa os dias no Arkham, dividindo o opressivo cotidiano na prisão entre ser maltratado pelos guardas e montar estratégias de defesa para o grande dia, que é fonte de expectativa dentro e fora do local.

A “sociedade” ainda é uma questão:

 

Logo de início, Delírio a Dois divide suas atenções entre o dono do show e o mundo que o cerca. Enquanto o primeiro filme discorreu em como a sociedade moldou o palhaço, dessa vez a via é de mão dupla, o que dá à sequência caminhos interessantes a percorrer e um pouco mais de profundidade que o anterior. Veja bem, a “sociedade” ainda é um problema. Porém, dessa vez, o roteiro de Phillips e Scott Silverse debruça em questões mais específicas. A principal delas é o circo que a sociedade faz em torno dos monstros que ela mesma cria. E não há nada que um picadeiro precise mais do que um palhaço disposto a dar um show.

No entanto, é um tema que se repete e fica preso sem trazer grandes novidades. Talvez, a única que posso trazer é o Arthur Fleck em conflito sobre quem realmente é, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as diferentes pressões e expectativas criadas sobre si. Só que isso traz muita exploração para uma obra tão marcante. Tanto que Joaquin Phoenix, mesmo ainda brilhando como protagonista, não apresentar grandes novidades. Exceto uma que vou comentar:

O Coringa apaixonado:

Veja tudo sobre Coringa: Delírio a Dois

Uma das consequências da fama de Arthur Fleck é o séquito de seguidores que ele ganha. Essa fascinação aparece em diferentes níveis, mas o maior deles é representado pela chegada da Arlequina, interpretada por Lady Gaga.

Chamada “Lee” – em vez do habitual Harleen –, ela surge como uma admiradora do Coringa que cruza com o caminho dele dentro do Arkham. O que seria o início da velha dinâmica de casal desajustado ganha novos contornos, já que a produção constrói tanto ela quanto o romance entre os pombinhos insanos com base na figura de Arthur Fleck, que é uma versão bem diferente do Palhaço do Crime.

Essa filosofia é absorvida por Lady Gaga, que corresponde à delicada missão de entrar nesse universo sem se acanhar perante o Coringa. Ela é certeira ao dar vida a diferentes camadas para a personagem, que nunca é resumida à adoração que nutre pelo palhaço, por vezes transformando a dinâmica de poder em uma gangorra que alterna quem tem a palavra final.

O problema é que os acertos têm um custo. Tendo em vista que Delírio a Dois decide fazer um retrato mais elaborado do que há de errado com o mundo, há momentos em que a Arlequina precisa dar espaço para outros aspectos da história. Isso não só prejudica o ritmo da dinâmica da dupla, como também abre margem para que a personagem assuma um fardo que, mesmo que o filme reforce que não é dela, acaba caindo nos ombros da personagem por falta de opção.

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É realmente musical?!

Apesar de declarações contraditórias da equipe a respeito de Coringa: Delírio a Dois ser ou não um musical, não há dúvidas de que ele é. A verdadeira questão é como a música é colocada no novo capítulo da vida de Arthur Fleck. O que a sequência faz é extrapolar esse conceito e dar asas ao lado musical de Arthur e, é claro, de Lee, para além da sanguinolência.

Na maior parte das vezes, os momentos de canto e dança são realizados com intuito de mostrar o lado lúdico e caótico do casal. A dupla se esforça para que as cenas sejam extensões da jornada de Coringa e Arlequina e o fazem dentro do tom.

O problema está na dificuldade que Coringa: Delírio a Dois tem para costurar algumas das sequências musicais. Empolgado com o novo conceito para o filme, o diretor Todd Phillips nem sempre encaixa bem a cantoria. Ao ponto de que algumas delas ficarem perdidas no andamento da história. Uma desconexão que esvazia momentos específicos de significado.

Os pontos baixos ficam ainda mais claros em comparação com aqueles em que a música vai muito além de se encaixar e define os rumos da história. Quando se faz verdadeiramente importante, o musical encanta ou dilacera com uma pungência que é amplificada pela forma única como é capaz de mexer com os sentidos.

Vale a pena assistir Coringa: Delírio a Dois?

Após uma tortuosa jornada, Coringa: Delírio a Dois chega ao veredito a respeito de seu Coringa e do mundo que o cerca. Aproveitando o status de símbolo que essa versão do personagem adquiriu dentro e fora das telas, a sequência o leva por caminhos ousados. Ainda que com certa dose de temor em ser mal compreendido, o longa aproveita o gosto de seu protagonista pela anarquia para desafiar o público em uma nova dança. Sem se importar muito com o que vão dizer. Algo curioso para um longa fadado, desde a concepção, a despertar as mais diversas reações. No fim das contas, quando o palhaço se senta ao piano, fica difícil encontrar alguém parado no salão.

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