Em O despertar do universo consciente, Gleiser defende a ressacralização da relação do ser humano com a natureza e apresenta o conceito do biocentrismo, em que o desenvolvimento privilegie a vida em todas as suas formas. Ficou curioso? Vem saber mais!
Sobre O despertar do universo consciente
Em O despertar do universo consciente, Marcelo Gleiser, físico e astrônomo renomado internacionalmente, vencedor do Prêmio Templeton 2019, argumenta que, se queremos salvar o nosso projeto de civilização, precisamos reinventar nossa relação com a vida e com o planeta.
Examinando a história da vida na Terra e a possibilidade de vida em outros planetas com clareza e autoridade, o autor argumenta que estamos usando o paradigma errado em relação ao lugar que ocupamos. Devemos abraçar uma perspectiva biocêntrica – que tem a vida como centro, que reconhece a raridade do nosso planeta num universo hostil à vida.
Ao propor um “Manifesto para a futuro da humanidade”, Gleiser sugere um plano de ação que inclui passos para assegurar a sobrevivência do nosso projeto de civilização num planeta com recursos limitados. Se esses passos serão suficientes para reorientar a nossa trajetória atual dependerá de cada um de nós.
O que esperar do livro
Ideia original do livro foi fundamentada em ensaio instigante que percorreram a história do pensamento ocidental desde os pre-socráticos e Nicolau Copérnico até os últimos estudos científicos sobre a possibilidade de vida extraterrestre, passando por Ailton Krenak e Thich Nhat Hanh
O despertar do universo consciente é a quarta e última parte da obra, e Gleiser defende um novo imperativo moral baseada neste novo conceito: “O biocentrismo é um princípio ético para uma humanidade consciente de seu papel planetário e cósmico, uma visão que celebra e protege a vida em todas as suas manifestações. Essa é a minha proposta para assegurar o futuro do nosso projeto de civilização e o bem-estar da biosfera”
Sobre o autor
Marcelo Gleiser é cientista de renome mundial e professor titular de filosofia natural e de física e astronomia na Dartmouth College. É autor, entre outros livros, de O caldeirão azul, A ilha do conhecimento, Criação imperfeita, A dança do universo, O fim da Terra e do Céu e A simples beleza do inesperado, os três últimos vencedores do Prêmio Jabuti. Foi articulista da Folha de S. Paulo e participa frequentemente de documentários para a TV no Brasil e no exterior. Em 2019, foi o primeiro latino-americano a receber o Prêmio Templeton, considerado o “Nobel da espiritualidade”, um dos mais prestigiosos do mundo.