Sendo um dos principais lançamentos originais da Netflix, “Agente Stone” tenta não ser um longa de ação genérico, mas acaba sendo. Protagonizado por Gal Gadot, a produção conta com cenas cheias de piruetas e missões quase impossíveis. Mas, realmente, é bom? Vamos descobrir falando de “Agente Stone”:
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Um começo promissor:
De fato, “Agente Stone” mostra a que veio logo na sua primeira hora de duração, mostrando Rachel Stone, interpretada pela Gal Gadot, como uma hacker sem experiência com ação. Ela faz parte da equipe da MI6 para tentar capturar um traficante internacional de armas sumido há quase 3 anos. Dentro da sequência inicial, ficamos conectados com a apresentação do enredo. Mas, chega um momento, que a empolgação some.
O desânimo do clímax:
Apresentação explosiva, traições inusitadas, sequencias de ação eletrizantes que amalgamam efeitos visuais práticos de grande qualidade. No entanto, lamentavelmente aproveitados devido a um precário trabalho de edição, a técnicas em CGI muitas vezes mal aplicadas. Greg Rucka e Allison Schroederconstroem uma narrativa padrão, que só se arriscar em apresentar no final do primeiro ato uma reviravolta até condizente com a temática do filme, cujo o fator surpresa melhor se o público tivesse um apego maior pelos personagens em cena ou pela história em si.
Contudo, o longa não só é prejudicado pelo roteiro inerte de inspiração, como também sofre com a direção de Tom Harper. Aliás, movida pelo piloto automático nas sequencias em que a história é explicando, ostentando frases de efeito e diálogos sofríveis, além de uma condução de elenco sem vida e, aparentemente, realizada às pressas. Mesmo que tente poupar com as cenas de ação, não consegue salvar o projeto. Há, inclusive, o problema da edição que apresenta cortes em excesso e a direção de fotografia que optou por não captar planos mais abertos em algumas sequências mais movimentadas, deixando uma sensação claustrofóbica.
Nem tem bons personagens:
O que intensifica o fato de “Agente Stone” não funcionar, além de uma história genérica e cenas de ação que parecem recicladas de outras produções, é a ausência de personagens cativantes. Gal Gadot, apesar de carismática, não arriscar em dar uma personalidade complexa para a sua Rachel Stone, mantendo-se numa zona de conforto altamente desconfortável para o expectador que desejava ver mais tanto da personagem quanto da atriz.
Sem contar que temos no elenco Jamie Dornan (Belfast), Sophie Okonedo (A Roda do Tempo) e Matthias Schweighöfer (Army of Thieves) que, apesar de entregarem um bom trabalho, conseguem superar um roteiro despreocupado com os personagens.
Vale a pena assistir “Agente Stone” ?
“Agente Stone” pode até entreter os entusiastas do gênero ação descompromissados em assistir a uma produção de destaque. Como um todo, a produção entrega nada além do que já é esperado por filmes lançados pela Netflix dentro desse estilo já datado. Tudo parece seguir uma fórmula, completamente sem vida ou emoção. Sinceramente, esse poderia ser bem melhor do que haviam prometido.