Lestat de Lioncourt completa aqui a sua jornada em Comunhão do Sangue. Para os fãs da saga vampiresca de Anne Rice, este é o ponto final dos volumes que envolvem o famoso vampiro Rockstar e, agora, não somente príncipe como Rei dos vampiros, o eterno Lestat de Lioncourt.
Lá no inicio da saga das crônicas vampirescas, a Anne Rice nos apresentou uma face totalmente diferente do Lestat no momento em que a história dele se entrelaça com a do Louis e da Cláudia e, após isto, o restante das tramas e acontecimentos do vampirão vem se desdobrando a cada volume.
Vejam bem…
O Lestat já foi Rockstar, já foi príncipe, já teve o cerne sagrado, já caminhou entre os mundos, foi refém de um demônio, encantou-se por uma bruxa, conheceu o povo de Atlântida e até trouxe para a atualidade o demônio que deu origem a todos os vampiros da terra. Fora todas as outras aventuras que não citei aqui, foram muitos Lestat’s no decorrer de tantos anos, mas sempre havia no personagem, de tantas facetas, uma interrogação não resolvida; a aceitação.
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Como muitos personagens das nossas sagas prediletas, em sua maioria humanos, vemos o Lestat (que é um vampiro) amadurecer e mudar durante as eras passadas e a mudança não era somente adaptativa… ele entrava nos contextos e parecia sempre procurando por sua aceitação, neste último volume da saga, finalmente vemos o vampiros ser coroado e reconhecido por todos os outros vampiros, mesmo os antigos, como o maior entre todos eles e ele mesmo aceitando este cargo e aceitando essa magnitude que caminhou com eles desde a sua transformação.
Claro, de toda a história do Lestat nós temos que reconhecer que ter bebido o sangue de tantos vampiros poderosos, conhecidos como os antigos, fez dele (um vampiro jovem) tornar-se tão poderoso, mas tia Rice deixa claro que o sangue influenciou bastante nos poderes do Lestat, mas também sua personalidade, seu famoso jeitinho de “príncipe zombeteiro” trouxe a coroa aos cabelos louros que ele tanto enaltece.
Sem dúvida este personagem foi usado por Rice para quebrar as fronteiras e criar uma nova era de vampiros e, para mim, já por isso o Lestat deve ser enaltecido. Neste último volume o nosso eterno príncipe zombeteiro cria, na sua antiga cidade em ruínas, um espécie de santuário para vampiros enquanto prepara-se para enfrentar um último vampiro da linhagem dos antigos que não aceita essa aceitação e a ideia de comunidade e regras e luta pelo “bem estar” da nova comunidade vampiresca que o Lestat está criando.
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Para mim, o fechamento neste livro foi um brinde ao final deste icônico personagem, encerro essa leitura desta incrível saga que me acompanhou da adolescência até hoje, com um sentimento de gratidão, de final feliz e com um tiquinho de suspeita que a Tia Anne Rice pode surgir do nada com outra aventura do Lestat. Afinal né… vampiros… eternos.