
Unir um grupo de pessoas desajustadas ou rejeitadas já é algo clássico do cinema, mas Thunderbolts* sai completamente do tradicional. Tanto que fui ao cinema pensando que ia ver uma coisa e ganhei outra bem inesperada. Por isso, vamos falar de Thunderbolts*:
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Um filme de heróis que aborda traumas e saúde mental:
Teoricamente, Thunderbolts* cumpre todos os requisitos da suposta “fórmula Marvel”: tem grandes cenas de ação e momentos descontraídos. Porém, o grande trunfo do filme de Jake Schreier é a abordagem sobre traumas e saúde mental que se torna essencial para a jornada. E se pararmos para pensar, não é algo inédito no gênero. Mas, o formato que foi construído cativa o público.
Neste novo longa, não é à toa que o principal vilão acaba se tornando o Vazio, algo que os fãs dos quadrinhos já conhecem. No universo cinematográfico expressa, com todas as letras, o que acontece quando você deixa os sentimentos negativos dominarem a sua mente. É uma analogia que pode se tornar bem clichê, mas aqui é uma ação literal sobre como ter uma comunidade de apoio pode salvar vidas.
O elenco é incrível, mas Florence Pugh e Lewis Pullman roubam a cena
Thunderbolts* pode ser um grupo, mas ninguém esconde que a estrela do filme é Yelena. Afinal, Florence Pugh entrega seu melhor trabalho com essa personagem neste filme. A atriz expressa o sofrimento e a relutância de Yelena, ao mesmo tempo que ela carrega um pouco de ternura e humanidade.
Nesse quesito, é surpreendente ver a conexão de Yelena com Bob, numa performance revelação de Lewis Pullman. Seu personagem apresenta diversas reviravoltas na trama e o astro apresenta as diferentes facetas dele com convicção – algo que vai desde a fragilidade até uma confiança fatal. Também é bem desenvolvida a relação de Yelena com Alexei, com um elo entre pai e filha que transita entre drama e comédia.
Thunderbolts* vai abalar a Marvel para sempre:
O bom de Thunderbolts* é que ele consegue o mesmo feito daqueles considerados “clássicos filmes da Marvel”. Porém, vamos considerar que nos apresentam um vislumbre do que vem por aí, mas sem fazer todo o filme ser apenas uma introdução ao futuro. Sim, as cenas pós-créditos já indicaram muita coisa. Para encerrar essa crítica, eu preciso que comentar que esse grupo traz algo que não sentia há tempos com esse universo: A sensação de aventura e animação. Então, estou ansiosa para os próximos passos.