...

“E então o leão se apaixonou pelo cordeiro…

Que cordeiro imbecil.- suspirei.

Que leão masoquista e doentio.”

É difícil falar sobre Sol da Meia Noite… um livro que apresenta tantas questões diferentes, que marcou minha juventude de forma tão intensa. Porém, como nem tudo são flores, eu vou tentar trazer aqui os pontos que eu achei mais importantes de serem tratados.

Sobre o que é a história de Sol da Meia Noite?

Bom, creio que não exista uma pessoa com mais de 15 anos que não conheça a história do Edward e da Bella. Mas, caso exista, vou resumir para vocês!

Lançado em 2005 pela autora Stephenie Meyer e trazido pro Brasil pra editora Intrinseca, Crepúsculo logo virou uma febre, acarretando em uma saga de quatro livros e cinco adaptações para o cinema. A história sobre o vampiro Edward e a humana Bella atravessou o mundo e conquistou fãs de toda parte. 

Saga Crepúsculo – Stephenie Meyer

Porém, em toda a história original, nós enxergamos tudo pelo ponto de vista da protagonista. Nós conhecemos o que ela conhece e temos as informações que são explícitas a ela. Mas em Sol da Meia Noite teremos acesso aos acontecimentos na visão do Edward, um vampiro de mais de 100 anos com o poder de ler mentes. Isso faz com que diversas coisas sejam melhor explicadas e façam mais sentido, já que ao final da leitura teremos o ponto de vista dos dois. Mas infelizmente a autora não pretende lançar a visão do Edward das continuações, o que seria extremamente interessante de ver! 

Ah, e antes de seguir adiante fique atento: teremos alguns pequenos spoilers sobre o livro que deu início a toda a saga: Crepúsculo!

Pontos positivos:

Vou começar focando nos pontos positivos porque a impressão que eu tenho é que eu vou criticar demais o livro, então preciso me ater às coisas boas primeiro.

Os Cullen:

A família Cullen é incrível e isso é um fato. Não tem como contestar isso. Eles são maravilhosos, eles são incríveis e poderia ter um spin off apenas com curiosidades sobre a vida de cada um. Nós já conhecemos um pouco sobre como eles se tornaram vampiros, porém, seria bem legal algo mais detalhado ou mesmo um livro falando do dia a dia deles, de seu modo de vida, seus amigos e sua rotina.

Em ordem: Esme, Emmet, Alice, Jasper, Carlisle e Rosalie
Família Cullen

O passado da Alice é explicado neste livro, mas não aprofundado. E seus poderes são bem mais incríveis do que eu pensava. Eu gostaria muito que fosse explorado um pouco mais sobre seus primeiros anos, mas fiquei encantada ao descobrir como ela se juntou aos Cullen. Seu par romântico, Jasper, se mostra também muito mais poderoso do que a gente tinha imaginado! Tanto em relação aos seus poderes de vampiro quanto à sua força ao ver sangue humano. Emmet é um ursão fofo e a Rosalie continuou sendo insuportável, mas vida que segue.

Aqui também vimos um pouco mais sobre os anos de Carlisle, quando ele adotou Edward como seu filho e sua relação com Esme. E eu posso afirmar que ele é um personagem incrível mesmo. Sua generosidade e bondade ficaram ainda mais evidentes pelo ponto de vista do Edward, principalmente nas cenas onde ele tinha sua mente lida pelo personagem. 

Coisas que se encaixaram:

Pelo ponto de vista da Bella, lá em Crepúsculo, as coisas poderiam parecer meio corridas ou exageradas. Mas quando entramos na mente do Edward em Sol da Meia Noite, tudo faz muito mais sentido. O amor que ele sente por ela, o medo que ela perca sua humanidade e vire vampira, além do medo de que ela sofra algum acidente e tenha sua vida ceifada cedo demais fazem com que ele esteja sempre preocupado com o futuro.

Sol da Meia Noite – Stephenie Meyer

Como Edward se enxerga como um predador sombrio que está destinado ao inferno, ele também se recusa a aceitar que sua amada sofra para se tornar uma vampira, por mais que esse seja um desejo dela.

Rever determinadas cenas pelo ponto de vista do Edward foi outro ponto (muito!) positivo. A parte onde a família se reúne para jogar beisebol foi mega interessante e muito mais completa, além de tudo o que se desenrolou depois com a chegada dos novos vampiros (James, Laurent e Victoria). Foram alguns pequenos detalhes que fizeram toda a diferença.

Após esse momento, tudo que envolveu a caçada do James pela Bella também foi bem legal de acompanhar. A quantidade extra de detalhes que nós tivemos foi muito boa e satisfatória e ajudou a mostrar quão poderosa a família Cullen é.

Mas o que não agradou em Sol da Meia Noite?

Bom, o livro original (Crepúsculo) possui 390 páginas e Sol da Meia Noite possui 720. Já podemos ver então que bastante coisa foi acrescentada à história pelo ponto de vista do Edward, mas tudo que teve a mais foi realmente necessário ou pareceu encheção de linguiça? Pois então: um pouco dos dois. 

Sol da Meia Noite – Stephenie Meyer

O começo do livro é MUITO cansativo porque o Edward está extremamente confuso em relação aos seus sentimentos pela Bella. Então para criar esse sentimento de angústia que o personagem tem e sua indecisão sobre como agir, a autora usa de repetições extremas. Por diversas páginas nós temos a sensação de que estamos lendo as mesmas coisas e acredito que ela poderia ter abordado isso de outra maneira. 

É entendível o motivo pelo qual a autora usou desse artefato, mas a impressão que deu é que ela queria preencher páginas e não sabia como, então ficava repetindo informações toda hora.

Ainda sobre repetição de informações: 

Algo que também me incomodou na escrita foi a Stephanie Meyer agir como se o leitor fosse burro. Sim, é isso mesmo: burro! Acho que ela se prendeu muito ao público alvo de Crepúsculo (12-13 anos de idade lá em 2006) e esqueceu que quem vai ler Sol da Meia Noite são pessoas que, em 2021, já são adultas! Ela joga informações de forma exagerada, sem sutileza nenhuma e sem deixar o público deduzir por si mesmo. 

Por exemplo: foi intragável ler a cada 3 páginas que a Bella é uma pessoa desastrada. Na segunda vez que ela caiu já ficou claro isso, mas ela sofrer algum tipo de queda ou acidente O TEMPO TODO foi muito irritante. E a impressão que deu foi que a autora estava preparando a gente para o final do livro, quando a Bella é perseguida por James e fica toda machucada. A protagonista é tão “sonsa” que ela cair dois lances de escada e atravessar uma janela é plausível o bastante para ninguém questionar a veracidade dos fatos.

Outro ponto é: parece que reforçar o tempo todo que a Bella se preocupa muito com sua mãe, com o Charlie e os Cullen é para justificar que em Amanhecer ela vira uma vampira com poderes que se assemelham a um “suporte”, que protege as pessoas. Isso claramente poderia ser feito de forma bem mais sutil.

Edward e Bella – Saga Crepúsculo

Como essas informações nós já conhecemos em Crepúsculo (livro e filme), seria muito mais interessante se a autora não focasse tanto nesses detalhes (que encheram bastante o saco). 

Conclusão:

Por mais que existam várias ressalvas, para quem é fã essa história acaba valendo a pena. Ela traz o sentimento de nostalgia, de saudade de rever personagens tão queridos e viver de novo aquele primeiro amor avassalador entre a Bella e o Edward.

Infelizmente os pontos negativos me impediram de favoritar essa leitura, mas no fundo eu gostei bastante. 

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