Quando comecei a ler O Príncipe Cruel já tinha visto muitas pessoas falarem muito bem dele, dizendo o quanto o livro é bem escrito, com personagens que você ama odiar e tudo mais. Como me conheço, peguei o livro sem nenhuma pretensão de gostar. Estava sim curiosa, mas com zero expectativas e foi a melhor coisa que eu fiz.
Sinopse: Uma garota mortal aprisionada em uma teia de intrigas reais. Jude tinha 7 anos quando seus pais foram assassinados e foi forçada a viver no Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que ela quer é ser como eles – lindos e imortais – e realmente pertencer ao Reino das Fadas, apesar de sua mortalidade. Mas muitos do povo das Fadas desprezam os humanos. Especialmente o Príncipe Cardan, o filho mais jovem, mais bonito e mais cruel do Grande Rei. Para ganhar um lugar na Alta Corte, ela deve desafiá-lo… e enfrentar as consequências. Envolvida em intrigas e traições do palácio, Jude descobre sua própria capacidade para truques e derramamento de sangue. Mas, com a ameaça de uma guerra civil e o Reino das Fadas por um fio, Jude precisará arriscar sua vida em uma perigosa aliança para salvar suas irmãs, e o próprio Reino. Com personagens únicos, reviravoltas inesperadas, e uma traição de tirar o fôlego, este livro vai deixar o leitor querendo mergulhar de cabeça na continuação deste universo.
Uma história de tirar o fôlego com personagens bem desenvolvidos
Logo nos primeiros capítulos de O Príncipe Cruel eu já estava envolvida com a situação dos personagens, principalmente da Jude. Todo o mundo féerico criado por Holly foi me envolvendo a ponto de ficar discutindo com as páginas do livro. Eram tantas emoções que eu queria deixar registradas que comecei a escrever conversas minhas com os personagens de tão conectada eu estava com a história.
Holly Black criou personagens incríveis, cheios de defeitos, problemas e ao mesmo tempo fortes. Cada um passa uma mensagem diferente que faz com que o leitor comece a refletir sobre as suas próprias atitudes. Por exemplo a própria protagonista Jude, ela é impulsiva, primeira age depois pensa no que fez, porém é verdadeira. Muitas vezes confesso que julguei ela, mas depois brigava comigo mesmo porque a Jude é real, você muita das vezes faz isso.
Quando cheguei na metade do livro eu não queria mais largar, simplesmente porque a história cresceu de tal forma, aquela movimentação dos personagens que fez tudo tomar outro rumo e você fala “SENHOR, QUERO MAIS”. Eu não gosto de virar a noite lendo, mas já eram 3 da manhã e eu não conseguia parar de ler.
Atenção! Possuiu cenas fortes!
Vale aqui ressaltar que o livro possui muitas cenas violentas e um banho de sangue, literalmente. Na verdade, você já começa a leitura com um baque bem grande de maldade que te deixa até um pouco com dúvida sobre a estrutura da história. Mas uma coisa é certa, o título faz jus ao enredo porque é muita crueldade.
Depois de quase 2 anos sem pegar uma fantasia para ler foi esplendido retornar a esse gênero com esse hino de livro. Claro que favoritei e estou ansiosa para começar O Rei Perverso, porém meu coração está gritando pedindo Queen of Nothing o quanto antes. (Obrigada @galarea pelo mimo de liberar ele ainda esse ano)
E sobre o ícone Cardan é o seguinte: comecei odiando mais que tudo e hoje eu estou aqui amando ele e fingindo que nunca falei mal.