Cassandra Clare é conhecida pelos seus fãs por ser uma das autoras de fantasias que mais acrescenta representatividade nas suas histórias. Na verdade, é até difícil falar de algum livro da autora que não tenha algum personagem que traga com ele alguma carga de representatividade.
Por esta razão, este post é especial para falar um pouco das vezes que a Cassie se preocupou em destacar esses personagens nos seus livros.
No universo dos Caçadores de Sombras existem diversos tipos de personagens com diferentes etnias, sexualidades, gêneros e até mesmo maneiras de se relacionar. Em Os Instrumentos Mortais, somos apresentados a Magnus, um feiticeiro pansexual, que tem sentimentos por seu melhor amigo Alec, um caçador de sombras gay. A autora trabalha muito bem o desenvolvimento do casal e faz com que os personagens cresçam durante a história. E isso dá tão certo que eles receberam sua própria série intitulada de Maldições Ancestrais.
Na época que lançou o livro, Cassandra Clare sofreu boicote de várias editoras porque elas não queriam um personagem LGBTQ+ como o principal da história. Contudo, ela nunca desistiu de Magnus e Alec e sempre lutou por eles.
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Ainda no universo de Os Instrumentos Mortais, temos o vampiro Rafael Santiago que, mesmo não sendo explícito, dá a entender que é assexual. Ele deixa bem claro que não sente atração por nenhuma pessoa ao longo dos livros.
Além desses três personagens já citados, também temos o casal safo Helen Blackthorn e Aline Penhallow. As duas são casadas e tem uma das melhores interações românticas, na minha humilde opinião, de toda a série, porém elas só aparecem no finalzinho de Os Instrumentos Mortais. Contudo, Helen e Aline fazem aparições em diversas outras séries do universo ShadowHunter.
Já em peças infernais temos poucos personagens representativos, mas isso se dá porque pela época que o livro se passa. Entretanto, Cassandra deu seu jeitinho de colocar Woolsey Scott como um dos personagens assumidamente gay e líder do bando de lobisomem.
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Em Artifício das Trevas somos apresentados a um casal poliamoroso, ou seja, não-monogâmico (apenas 2 pessoas), e a própria Cassandra mencionou na live da Bienal do Rio que essa decisão gerou questionamento em sua editora nos Estados Unidos.
Dentro de Artifício das Trevas, também temos um personagem autista que é o Tiberius Blackthorn. Cassandra Clare tem um meio-irmão autista e ficou muito contente quando os fãs conseguiram identificar os traços autistas no personagem. Em uma conversa com os fãs a autora disse:
“Eu queria deixar claro que ele é tão capaz e qualificado , e também digno de amor, respeito e admiração como seus parceiros.”
Para o próximo lançamento (Corrente de Ouro) várias emoções e personagens maravilhosos nos aguardam. Uma delas é a incrível Anna Lightwood.