Sempre imaginei que quando fosse escrever iria surgir uma ideia genial ao acaso, como se uma lâmpada acendesse em cima da minha cabeça. Por mais que todos os meus professores do ensino médio falassem o contrário. Em época de Enem, sabia que na hora da redação iria arrebentar, já que estava escrito que a inspiração viria quando quisesse. Obviamente, não foi o que aconteceu, até porque os assuntos não eram os mais fáceis.
Com o passar do tempo, aprendi que servia para poder expressar meus sentimentos e criar coragem para dizer o que sentia para pessoas importantes. Até pela dificuldade por ser adolescente e antissocial.
De fato, as coisas foram fluindo com a prática. Comecei a escrever apenas para mim, sem conseguir mostrar para as pessoas, com medo de ser ruim. Depois de um tempo aprendi que tinha uma própria identidade e maneira de escrever, e os temas que escrevia na adolescência criavam uma limitação gigantesca.
A escrita passou a ser uma arma ao fazer as pessoas entenderem o que eu passava e, principalmente, falar coisa bonitas para pessoas importantes.
Ainda peco em muitas situações, tenho dificuldade em revisar o texto, por medo de nunca ficar satisfeito, leio pouco e não escrevo cotidianamente.
Não é preciso ser jornalista para ter esse impulso. Escrever ajuda a pensar, clarear a mente, e saber argumentar, algo tão difícil ultimamente. Como uma terapia gratuita. Sei das minha limitações, mas apenas com a prática irei lapidar a forma de escrever.
Todos deveriam tentar e por isso, voltarei a escrever no Moldura Literária, com uma boa frequência.