Dirigido por Michael Damian, Uma Valsa de Natal em Paris é mais uma aposta no gênero de romances natalinos. Mas, desta vez, com um toque europeu e um pano de fundo que exala charme: a cidade luz. Embora o filme traga elementos clássicos das produções de fim de ano, sua tentativa de criar algo memorável é tanto o seu trunfo quanto a sua fraqueza. Portanto, vamos ver mais de Uma Valsa de Natal em Paris:
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Sinopse:
A trama acompanha Sophie, uma jovem americana que, após um término traumático, decide passar o Natal em Paris para recomeçar. Lá, ela conhece Julien, um talentoso bailarino que tenta salvar sua escola de dança da falência. O destino os une em um baile natalino onde uma simples valsa acaba transformando a maneira como ambos enxergam suas vidas e seus futuros.
Cenografia deslumbrante e uma Trilha sonora encantadora:
Paris, no inverno, é um espetáculo visual, e o filme não economiza em mostrar os ícones da cidade: a Torre Eiffel iluminada, as ruas decoradas com luzes de Natal e mercados tradicionais que oferecem um clima caloroso em contraste com o frio da estação. O visual é complementado por uma cinematografia bem executada, que captura a magia do Natal em um dos lugares mais românticos do mundo.
A música desempenha um papel importante no filme, desde clássicos natalinos reimaginados até valsas originais compostas para a produção. Esses momentos ajudam a criar uma atmosfera emocional e, por vezes, conseguem dar profundidade aos personagens. Sophie e Julien têm uma química que, embora não seja explosiva, é suficiente para carregar a narrativa. A atuação de Matthew Morrison no papel de Julien, em particular, traz uma sensibilidade que dá ao personagem um charme quase irresistível.
Roteiro previsível:
Como é comum no gênero, o roteiro segue uma fórmula sem grandes surpresas. Há os obstáculos românticos esperados, as cenas clichês de encontros em lugares pitorescos e o final feliz que parece inevitável desde os primeiros minutos. A falta de ousadia torna o filme esquecível para aqueles que esperam algo mais profundo.
Embora o cenário e a trilha sonora criem uma boa ambientação, os personagens carecem de complexidade. Sophie é a típica “peixe fora d’água” que se transforma ao longo do filme, mas sua evolução parece apressada e, em alguns momentos, pouco convincente. Julien, por outro lado, apresenta mais nuances, mas nem mesmo seu arco é plenamente explorado. Apesar de o balé ser um elemento importante na premissa, o filme não explora esse universo com a profundidade esperada. As cenas de dança são poucas e, muitas vezes, carecem de impacto emocional, o que desaponta quem esperava algo no estilo de Cisne Negro ou La La Land.
Vale a pena assistir Uma Valsa de Natal em Paris?
Uma Valsa de Natal em Paris é uma escolha agradável para os fãs de romances natalinos que buscam uma experiência visualmente bonita e despretensiosa. No entanto, para quem espera algo além do óbvio, o filme entrega apenas um charme superficial, sustentado pelo cenário e pela química do casal principal. Ele é um exemplo claro de uma produção que poderia ter ido além, mas optou por permanecer no conforto do previsível.