Livro x Filme: A Guerra dos Roses e Os Roses (2025)

Lançado nos cinemas e um relançamento pela Intrínseca, vamos falar das diferenças entre livro e filme A Guerra dos Roses e Os Roses (2025). Aliás, mesmo tendo mudanças, as obras trazem críticas relevantes e importante. Por isso, veja diferenças entre livro e filme A Guerra dos Roses e Os Roses (2025):
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Qual é o enredo?
O autor Warren Adler cria uma história de um casal (Jonathan e Barbara Rose) que, partindo de uma vida aparentemente ideal, entra em guerra doméstica e destrutiva. O livro funciona como sátira sombria do casamento de elevado padrão, das aparências, dos bens materiais e da complacência conjugal
No filme de 2025, Ivy e Theo formam o casal perfeito, com carreiras de sucesso, um casamento próspero e filhos maravilhosos. Mas, por baixo da superfície, uma tempestade se forma. À medida que a carreira de Theo rui e a de Ivy decola, rivalidades e ressentimentos reprimidos logo explodem, jogando o casal em uma espiral de ódio mútuo.
Livro x Filme:
Personagens e suas profissões / motivações
Sim, as mudanças já começam no casal principal. No livro, Barbara é dona de casa que entra no negócio gourmet, Jonathan é advogado. Enquanto que, no filme, Ivy é restauradora/chef empreendedora e Theo é arquiteto, e numa virada ele se torna “pai em casa”. No livro, o estopim é a crise de saúde ou percebida fraqueza de Jonathan e no filme, o estopim é mais a falha profissional de Theo e o sucesso de Ivy.
O livro enfatiza o papel tradicional de Barbara (como quem fez a casa, cuidou dos filhos) vs o marido, e essa desigualdade gera rancor. O filme atualiza isso para uma situação onde a mulher assume o papel de “bem sucedido” e o homem sente perda de posição, uma inversão de papéis.

E o foco narrativo?
No livro, a “guerra” pela casa e pelos bens é quase o centro: quem fica com o imóvel, com os objetos, com o prestígio. A briga torna-se física, destrutiva. No filme, embora a casa ainda tenha importância, a ênfase muda para o desgaste psicológico, a inversão de poder entre os parceiros, e a disputa por identidade em vez de apenas por bens. Além disso, a obra literária tem tom mais cru, “sem remorso”, já que a mulher admite que não ficará abalada se o marido morrer. O filme reduz o grau de crueldade em quantidade, só no último ato.
Críticas abordadas nas obras:
O livro de Warren Adler tem uma crítica forte ao consumismo, à aparência de felicidade, ao casamento baseado em bens e status; uma sátira ácida. O longa incorpora temas contemporâneos, como igualdade de gêneros, redefinição de papéis no casamento, ambição profissional, identidade. Sem contar que a leitura traz um caminho mais amargo, “guerra aberta” e sensação de que o casamento virou campo de batalha. Enquanto que assistir a história é mais estilizado, sofisticado, com humor negro porém mais contido; há uma tentativa de esperança ou reconciliação implícita.
De forma geral, as obras são muito boas!
Apesar das diferenças evidentes entre o livro A Guerra dos Roses e o filme Os Roses: Até que a Morte os Separe (2025), ambas as obras funcionam muito bem dentro de suas próprias propostas. O romance de Warren Adler permanece uma sátira feroz e atemporal sobre o egoísmo e a ruína emocional no casamento, enquanto o longa de Jay Roach atualiza esses conflitos para o mundo contemporâneo, explorando tensões de poder, ambição e identidade sob uma ótica mais psicológica e moderna. Cada versão encontra sua força no modo como traduz a “guerra conjugal” para o público de seu tempo. Ou seja, o livro com sua brutalidade e ironia clássica, o filme com sua sensibilidade e reflexão sobre os relacionamentos atuais.



