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Vocês já ouviram falar da história da “loira do banheiro”? Essa lenda é muito conhecida, qualquer um já deve ter ouvido falar nela nos corredores de uma escola. Existem muitas versões dessa história, mas resumindo todas, a história se baseia em uma menina loira muito bela que vivia matando aula dentro do banheiro da escola.
Um certo dia ela estava matando aula e, de algum jeito, ela caiu, bateu a cabeça e morreu. Desde então, os banheiros femininos das escolas ficaram assombrados, de modo que se uma pessoa chamar o seu nome três vezes em frente o espelho a loira do banheiro aparece.

Bom, mas de onde foi que realmente surgiu essa história que já assustou tanta gente nas escolas? Existe uma versão da história que parece ser a que tenha inspirado a lenda, que é a história da jovem Maria Augusta de Oliveira, que nasceu em Guaratinguetá, estado de São Paulo, no final do século 19. Maria Augusta de Oliveira era filha do Visconde de Guaratinguetá, e como na época era algo normal, seu pai a obrigou a se casar com um homem influente da época quando ela tinha apenas 14 anos de idade.

Como na época a maioria das mulheres não ficavam felizes com os casamentos arranjados, com Maria Augusta não foi nada diferente. Para mostrar que tinha “culhões”, aos 18 anos Maria Augusta vendeu as suas jóias e fugiu para Paris, onde viveu até 1891. Nesse ano, Maria Augusta acabou morrendo com 26 anos de idade.

Depois de saber que Maria Augusta tinha morrido, sua família fez de tudo para que seu corpo voltasse para o Brasil. No navio na volta ao Brasil, o caixão onde o corpo de Maria Augusta estava foi violado. Ladrões queriam as joias, que estavam junto ao corpo. Com isso, perdeu-se seu atestado de óbito, e nunca se soube como ela morreu. Uma das versões para a morte de Maria Augusta é a hidrofobia (raiva), que ainda acontecia na Europa naquela época e tinha como um dos sintomas a desidratação.

Como seu túmulo não estava pronto, ela foi colocada em uma urna de vidro na casa dos seus pais. Mesmo depois do túmulo ficar pronto, a mãe de Maria Augusta não quis enterrá-la, e a deixou na urna de vidro. Só depois de ter diversos pesadelos enquanto o corpo de Maria Augusta estava na casa que ela resolveu enterrar a filha.

Alguns anos depois, exatamente no ano de 1902, a casa onde vivia a família de Maria Augusta se tornou a escola estadual Conselheiro Rodrigues Alves, e é a escola onde as pessoas dizem que seu espírito ronda até hoje, aparecendo nos banheiros femininos.

Mas foi só depois de um incêndio misterioso, em 1916, que a história ganhou força. Algumas pessoas dizem que essa história foi inventada para evitar que os alunos matem aula no banheiro, tanto que, como já citamos, existe a história de que ela morreu enquanto matava aula no banheiro. Também não se sabe como essa história que supostamente aconteceu em Guaratinguetá se espalhou pelo Brasil inteiro, mas temos a certeza que vários de vocês já ficaram com medo da loira no banheiro.

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