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Quando se tem uma data especial, é muito importante quando a mesma completa 10 anos, 50 anos, 100 anos e aí por diante. É nessas horas que paramos para refletir sobre o que aconteceu, o impacto que causou na época e como estamos lidando com o caso hoje em dia. Hoje, 06 de fevereiro de 2018, por exemplo, é uma data especial, 100 anos da conquista das sufragistas. Mas você sabe a importância desse movimento?

As lunáticas, como eram conhecidas as sufragistas pelos britânicos, foi uma organização criada em 1903 por Emmeline Pankhurst, em Manchester, norte do Reino Unido. Juntas, elas lutavam em causas sociais, polícias e econômicas com o objetivo de estender esse movimento a todas as mulheres, e até mesmo homens. Uma das campanhas, além da luta pelo voto feminino, foi para que as universidades inglesas aceitassem alunas.

Muitas sufragistas foram mortas, espancadas e até mesmo internadas em hospícios graças a um mundo em que as leis foram escritas por homens, homens ricos e de nome. Porém, a história iria mudar em 1918, quando o voto feminino foi aprovado, e mesmo com restrições, apenas valia para eleitoras a partir dos 30 anos e com boas condições financeiras. Isso já foi um grande passo e registro de que a luta daquelas mulheres não estava sendo em vão.

Na história, a ideologia das sufragistas era lutar por igualdade de forma mais civil e organizada, porém algumas suffragettes, como eram conhecidas quem lutava pela causa, pregavam a desobediência e desordem civil. Essas últimas sofreram a maior repressão. Isso mostra que o mesmo movimento com o mesmo objetivo era dividido em dois pensamentos, mas que no final das contas o que prevaleceu foi a união dos dois.

Essas mulheres inspiraram e contagiaram feministas em diversos outros países, como por exemplo na França em que o voto da mulher foi conquistado em 1944. Hoje esse apelido, sufragista, define as mulheres do século XXI que não têm mais medo de erguer a cabeça e falar sobre a desigualdade que ainda vivemos nos dias de hoje.

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A casa em que Emmeline criou o movimento foi transformada em um museu. Além do museu também foi criada uma fundação dedicada à memória das sufragistas, a Pankhurst Trust. Afinal de contas, o legado dessas mulheres nos dias atuais não pode ser deixado de lado ou simplesmente esquecidos. Temos que pensar no renascimento das lutas feministas para encarar o que vivemos, o cenário atual pode não ser tão machista quanto na época de Emmeline, porém ele é igualmente cruel. E como disse Gail Heath, representante da Pankhurst Trust: “Enquanto a última mulher no final da fila não tiver igualdade de direitos, nós temos que continuar lutando. Aquela mulher é a medida da igualdade!”.

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