As quartas-feiras nunca foram tão emocionantes desde a estreia da série Loki, especialmente com uma renovação do personagem. Diante dos seis episódios, é possível notar uma mistura de sentimentos com relação ao protagonista. Além disso, vimos uma abertura aprofundada a respeito dos Multiversos, no qual é uma das características mais presentes dentro da Marvel. Mas será que a série Loki é tudo isso mesmo?!
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O início do Multiverso:
Como numa boa metanarrativa, algum personagem falaria em Loki que o importante não é o destino, e sim a jornada. Afinal, vemos uma completa transformação em dois setores. O protagonista e o Multiverso. Em primeiro lugar, vamos debater o segundo setor. Pois pode levar a Guerras Secretas como uma próxima grande saga. Apresentado de forma lenta e explicativa, a característica é um dos pontos fortes da produção e inicia um fator complexo das HQ´s. Especialmente pela quantidade de camadas que foram desenvolvidas ao longo das décadas.
Mesmo que tenhamos outras sub-tramas, esse é um dos pilares que trazem o diferencial da obra. Sem contar os cenários explorados e o uso de uma incrível trilha-sonora. Diante do fã que já aguarda o Multiverso com o calendário do MCU nas mãos, talvez a temporada tenha sido o começo de uma grande aventura. Ou seja, segura a emoção.
Um lado emotivo e diferente de Loki:
Uma das questões da série é saber o que Loki, o personagem de Tom Hiddleston apresentado como vilão e redimido como herói, aprendeu com tudo isso. E nesse ponto a temporada exercitou de forma bastante consistente, e até empolgante, a tal metanarrativa. A partir do momento em que Loki se descobre um peão num tabuleiro muito maior que os Nove Reinos, ele começa a se questionar a respeito de tudo. A própria busca pelo livre arbítrio se torna o seu objetivo e o seriado não poderia ser outra coisa senão um grande comentário sobre a jornada.
Contudo, é fato que Sylvie e Mobius foram dois motivos que o deixaram cada vez mais “emotivo” e forte, psicologicamente. Principalmente capaz de um altruísmo pragmático que o coloca, muitas vezes, em confronto com as decisões heroicas mais idealistas de seus colegas.
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Afinal, vale a pena?!
Foi um caminho longo e tortuoso que a dupla de variantes percorreu até aqui, no qual a série Loki construiu com óbvio cuidado e afeto. Desde a desconstrução do Loki de Hiddleston no capítulo de estreia, passando pela revelação da história de Sylvie em “Lamentis” (1×03). Incluindo que a relação dos dois é muito mais aprofundada e complexa do que se espera. O confronto pelo qual eles passam em cada etapa também revela o trabalho cuidadoso dos roteiristas em apresentar um nova visão da figura do Deus da Trapaça.
Com calma e paciência, a primeira temporada consegue seguir a trilha de “WandaVision” e expandir os limites temáticos da Marvel de forma complexa. O que empolga vem de sua história de confusão temporal, a dinâmica dos personagens, cenas de ação e a perspectiva da introdução de um grande vilão. Mal podemos esperar pela segunda temporada para a conclusão do glorioso propósito.