Através de muita emoção e fofocas, vamos falar sobre uma das produções mais aguardadas do ano, segunda temporada de “Bridgerton”. Afinal, a nova etapa na sociedade londrina do século XIX traz um casal diferente e ainda novas narrativas. Baseada na bem-sucedida série de livros de Julia Quinn, seduziu o público quando estreou na Netflix com seus figurinos vistosos, suas locações luxuosas e um romance central movido por personagens cativantes. Mas, será que conseguiu manter o estilo nesse enredo? Vamos descobrir agora:
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O clássico “de inimigos para amantes”:
Além de conquistar o público com seus dramas, bailes e versões clássicas de músicas modernas, temos um dos principais pontos dessa temporada. Afinal, Anthony e Kate marcaram presença com sua relação cheia de sentimentos forte. Porém, com contexto por trás. Nossos dois protagonistas perderam pessoas que amavam muito e tiveram que assumir responsabilidades por suas família cedo demais. Por isso, não se priorizam e tem dificuldade de assumir o que sentem por medo das consequências que isso pode trazer. Devido a isso, a construção vai caminhando aos poucos. Contudo, teve momentos que incluíram dentro do seu desenvolvimento que nem precisavam existir, na realidade. Mesmo que haja obstáculos, eles poderiam ter sido trabalhados de outra forma.
Por outro lado, gostaria de evidenciar que foi bem interessante a decisão da produção de focar nos sentimentos, nas trocas de olhares e nos leves toques. Assim como nos traumas e dificuldades de aceitar o amor quando você só conheceu sofrimento e regras para não lutar pelo que quer. Especialmente por ajudar mais no amadurecimento de alguns personagens.
Tramas mistas:
Decerto, é nas tramas paralelas de seu vasto elenco que Bridgerton patina um pouco. Há personagens que pouco ganham o que fazer ao longo dos oito episódios de uma hora cada. Andando em círculos ao redor dos mesmos problemas. Sendo que arcos são criados e desfeitos em questões de momentos. A princípio, é interessante acompanhar a jornada de Penelope em sua vida dupla como Lady Whistledown, cujos riscos e consequências agora se tornam muito mais reais e sérios. Porém, suas escolhas e decisões acabam sendo bastante questionáveis.
Já para os outros Bridgerton, a série se propõe a prestar mais atenção em apenas alguns irmãos. Eloise ganha destaque em sua primeira vez na temporada de casamentos, mas longe de querer um compromisso. Principalmente segue empenhada em desvendar quem é Lady Whistledown. Enquanto que Benedict e Colin ganham mais contexto. Decerto, um feliz acerto foi o maior espaço dedicado às veteranas do elenco. Violet Bridgerton, Lady Danbury , rainha Charlotte e Portia Featherington. Pois mostram suas vulnerabilidades e novos lados de suas personalidades, deixando ainda mais claro como uma das forças de Bridgerton está na variedade de suas personagens femininas.
Diferenças criativas:
O segundo ano da série na Netflix, é uma adaptação de Shonda Rhimes do livro “O Visconde que Me Amava”, da autora Julia Quinn. A primeira temporada chamou atenção e ganhou destaque na plataforma, justamente por agregar ao público a grande quantidade de fãs da saga dos romances. No entanto, esses podem se decepcionar em muitos momentos da série, pela trama audiovisual demonstrar notórias diferenças com a obra literária.
É claro que obtemos elementos presentes e marcantes na obra literária. Entretanto, essas são seguidas de rumos diferentes e a adição de personagens e contextos além da história original. Essa interferência fez com que determinados acontecimentos importantes recebessem pouco desenvolvimento em tela, como o casamento de Anthony e o próprio envolvimento do Visconde com Kate. Por outro lado, alguns fatos que não são de tamanha relevância ganharam muito “palco”. Por mais que tenha uma certa estratégia, a abordagem poderia ter sido de uma forma mais identificável e mais palatável.
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Conclusão:
Apesar de soluções repentinas para algumas problemáticas apresentadas e a falta de fidelidade com o suceder de acontecimentos do livro, a segunda temporada de Bridgerton traz um misto de sentimentos. O lado emocional leva o telespectador a se entregar em cada arco dos personagens, vivendo todos os seus sentimentos. Isso traz uma sensação de pertencimento ao público, que acompanha cada escrita da Lady Whistledown como um próprio londrino da época. Entretanto, Os Bridgertons tiveram poucas resoluções de conflitos, dessa forma, o público pode esperar novos episódios que deem as devidas respostas e é claro, apresentem muitas novas fofocas.