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Veja a crítica do filme "Barbie", dirigido por Greta Gerwig

Sendo o filme mais esperado do ano, “Barbie”, dirigido por Greta Gerwig, veio como uma mensagem poderosa sobre amadurecimento. Além disso, é uma obra criativa, colorida e espalhafatosamente debochada, até com seus próprios esteriótipos. Mas, em pouco mais de 100 minutos, temos uma espécie de manual com tópicos básicos de como dar voz. Portanto, vamos falar mais do filme “Barbie”:

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Dirigido por Greta Gerwig, veja o filme "Barbie"
Cenário de Barbielândia no filme “Barbie”

Dar lastro a um filme que poderia se perder na paródia de si mesmo não depende apenas de um elenco bem escolhido: o mundo cor de rosa criado pela direção de arte se faz muito palpável, e tudo ali parece distribuído e posicionado com propósito. Ou seja, um bem-vindo contraste no meio da epidemia de efeitos visuais turvos e indistinguíveis entre si que assola outros blockbusters.

Tudo na Barbielândia remete a brinquedos muito conhecidos da boneca: as casas sem paredes, os carros pink, as escovas desproporcionais, as caixas com roupas… É um conjunto que se presta ao fan service para quem se importa com isso, e ao mesmo tempo situa muito bem o universo artificial dessa fantasia que está, a cada instante e sem descanso, esboçando um olhar analítico sobre si mesmo. E é nessa mistura do encanto nostálgico com a inventividade e o humor que o filme cativa.

Um roteiro debochado e inteligente:

O que surpreende em “Barbie” é seu roteiro inteligente e engraçado, isso abrilhantado pelo universo cor de rosa construído por Greta Gerwig. As piadas estão nos detalhes, escondidas em reações ou absurdos da Barbielândia. E sabe quando o filme entrega uma piadinha boba, só pra quebrar a tensão e você dá uma risada fraca? Esse não é o caso do longa. Aqui elas funcionam e ajudam a compor esses mundos.

Aliás, no roteiro hábil de Gerwig e seu parceiro Noah Baumbach, Barbie é, em seu cerne, uma aventura de amadurecimento que opõe a ingenuidade e a perfeição da Barbielândia. Sem contar que falar de mortalidade e existencialismo pode soar deslocado para um filme-de-marca. Contudo, não há nada nessa premissa que os dois roteiristas não encaixem de forma orgânica na trama, que segue caminhos tão inesperados quanto lógicos.

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Não perca a crítica do filme "Barbie"
O filme “Barbie” apresenta críticas sobre papéis sociais

Criticando os papéis sociais:

De fato, a produção tem comentários afiadíssimos e inteligentes sobre a dinâmica entre homens e mulheres ao longo dos tempos e também sobre como esses papéis sociais são vistos e problematizados hoje em dia. E o filme o faz com um grande coração: a história é genuinamente divertida, com um humor que passeia entre a acidez e a inocência, mas também emociona com a jornada existencial de seus protagonistas, reservando momentos tocantes e provocando reflexões, especialmente em sua reta final.

O deboche é o grande aliado de Gerwig e Baumbach para tratar não apenas do sexismo mas também da questão “corporativa”. Não será estranho se você se pegar pensando “como a Mattel deixou esse filme ver a luz o dia?”, embora seja necessário reconhecer que, no fim, isso não deixa de ser um serviço à empresa, certamente beneficiada pela imagem que tal decisão passa. Rir de si mesmo, no fim das contas, parece ser um pré-requisito para estabelecer uma comunicação com uma geração jovem de consumidores que associa seus hábitos de consumo com um olhar crítico sobre o próprio consumismo.

Barbie e Ken dominam a tela:

Confira a crítica do filme "Barbie"
Margot Robbie e Ryan Gosling em “Barbie”

Por mais que “Barbie” seja um filme de entretenimento, é inegável que Margot Robbie assumiu o papel mais difícil do projeto. Como ser inocente, mas não cair no estereótipo idiota ? Ela traz, em apenas duas horas, toda a dor que uma mulher sente na primeira vez que é afetada pelo machismo. Mas, também mostra como dar a volta por cima, com gentileza e alegria.

Do outro lado, temos Ryan Gosling abraçando o seu lado ridículo (no melhor dos sentidos) com seu Ken, roubando todas as cenas. Ele já provou que sabia ser engraçado, mas aqui ele vai além. Ele atua no limite do exagero e ainda traz uma vulnerabilidade para o boneco. É divertido rir dele, mas você também quer dar um abraço nesse bobão, por boa parte do tempo.

Também é importante ressaltar que America Ferrara tem o melhor monólogo que já vi em tempos e me fez querer levantar da cadeira para bater palmas. No geral, o elenco todo é muito entrosado e divertido: Issa Rae é a Barbie Presidente, Alexandra Shipp é a Barbie Autora Vencedora do Prêmio Nobel, por exemplo. Vai desde Dua Lipa e John Cena, até nomes do momento, como Simu Liu e os astros de Sex Education, Emma Mackey e Ncuti Gatwa. Sem esquecer de Kate McKinnon e Michael Cera, Barbie Esquisita e Allan.

Vale a pena assistir o fenômeno “Barbie”?!

Sim, pois Greta Gerwig entregou um filme engraçado, criativo, emocionante e cheio de visuais belíssimos. A Barbie, esse ícone tão cultuado quanto criticado, não é posta em um pedestal, tampouco achincalhada. Agora, ela ganha uma história deliciosa e esperta, que a atualiza e a humaniza e, principalmente, que diverte. Também, sabe zoar sua própria marca, enquanto questiona o seu lugar no mundo. Talvez esse seja um bom ponto de partida para a própria autodescoberta.

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