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Terminei a segunda parte da quarta temporada de Outer Banks já tem um tempo, mas só agora consegui decidir como gostaria de expressar em palavras o que senti durante esses 10 capítulos. Não queria fazer apenas uma crítica, pois a temporada entregou muitas coisas, mas boa parte dos comentários está centrada apenas no casal JJ e Kiara, e eu queria fugir disso. Então, resolvi fazer uma breve análise da evolução dos nossos pogues em OBX4.

Contém spoilers

Cleo

Nesta quarta temporada, Cleo apresenta uma leveza que ajuda a balancear os momentos mais intensos da trama.Mas, ao mesmo tempo, traz aquele sentimento de lutar e não desistir de seus objetivos. Afinal, ela está em busca de vingança após a morte da única pessoa que considerava sua família.

A relação dela com Pope também ganha profundidade, revelando um lado vulnerável e protetor. Essa proximidade adiciona uma dinâmica emocional muito gostosa de acompanhar. Cleo se mostra crucial nos momentos de ação e define seu papel no grupo: ela é aquela pogue que estará sempre pronta para a luta e não deixa ninguém para trás. Em contrapartida, também não abandona seus ideais. Estou ansiosa para acompanhá-la na próxima temporada, principalmente sabendo que ela terá mais destaque.

Pope

Agora falando do Pope, considero que ele foi um dos personagens que mais amadureceu ao longo de todas as temporadas. Em OBX4, ele ainda está passando por uma fase de autoconhecimento, mas fica claro que aquele Pope inseguro e medroso das primeiras temporadas não existe mais. Percebe-se o quanto ele está determinado a manter os amigos por perto, mesmo questionando algumas das atitudes deles.

Foi divertido vê-lo agindo impulsivamente e se tornando o centro das confusões. Como já mencionei, o relacionamento dele com Cleo é uma das melhores partes de acompanhar. As coisas entre eles aconteceram de forma bem natural, mas instantânea, e fica claro como os dois se completam: ela mais ofensiva, ele mais apaziguador. A combinação dos dois na tela é maravilhosa.

Sarah

Nossa ex-princesa kook, Sarah, continua sendo uma das personagens mais interessantes; desta vez, porém, está definitivamente criando raízes entre os pogues e ignorando por completo a existência dos kooks. A única diferença é que dá para sentir a vontade dela de voltar a falar com o irmão.

Nesta temporada, seus conflitos internos ganham um novo panorama. Na primeira parte, vemos alguns resquícios da Sarah da primeira temporada, que tem resposta para tudo e está sempre pronta para defender os amigos, especialmente John B. Mas, na segunda parte, quando descobre que será mãe, temos pela primeira vez uma Sarah com medo.

Confesso que não sou fã de plots de gravidez, mas acho que a história dela com John B. já está tão bem encaminhada que esse bebê é o próximo passo para o “felizes para sempre” desses dois.

A propósito, o casal “Jorah” está mais forte do que nunca, com uma das maiores químicas já vistas em séries do gênero. Eles têm uma conexão muito forte, e não faltam cenas fofas e emocionantes entre os dois.

John B.

Vamos falar sobre como John B. se desenvolveu na quarta temporada. Ele continua determinado e leal aos amigos, ainda obcecado pela busca de tesouros e liderando o grupo. Contudo, nesta temporada, não é o destaque.

Vemos um John B. mais cauteloso e reflexivo, especialmente após os eventos intensos da terceira temporada e, principalmente, depois de descobrir que será pai. Ele agora precisa ser mais responsável.

Além disso, é muito bonito ver como John B. é um namorado incrível! Ele está sempre protegendo e cuidando de Sarah, mas sem sufocá-la, e é fofo ver o quanto ele se orgulha da mulher forte que ela está se tornando. Dá para perceber nos olhos dele o quanto sabe que ela será uma ótima mãe. Quero um spin-off dessa família!

Kiara

Essa temporada foi marcada pelos momentos de Kiara e JJ. A jovem continua como a alma rebelde e corajosa do grupo, mas começa a ponderar sobre os sacrifícios que vem fazendo por essa vida cheia de aventuras.

Senti que a personagem meio que ficou estagnada. De todos os seis, ela foi a que menos evoluiu. Não posso negar que está mais madura, mas também ficou um pouco mais ranzinza.

JJ

Tenho que confessar que não reconheci o JJ em boa parte dos episódios. Sei que ele é impulsivo e vive fazendo besteira, mas nunca imaginei que ele faria algo que pudesse prejudicar um dos pogues. Ok, depois isso meio que se justifica, mas em alguns momentos ele parecia não ser o JJ que conheci.

Como personagem central da quarta temporada de Outer Banks, JJ protagoniza duas cenas magníficas que fazem jus ao personagem e explicam por que o amamos. Mesmo com alguns conflitos, é possível ver que ele tem um grande coração. Ao longo dessas quatro temporadas, ele vem se tornando um homem incrível. É uma pena o final dele.

É difícil falar sobre esses dois (Kiara e JJ), pois são personagens que não conseguiram mostrar todo o seu potencial nesta temporada, seja por conta do roteiro ou do mal-estar entre os atores. É uma pena, pois ambos são queridíssimos do público e tinham muito a oferecer em OBX4.

Rafe

Rafe segue como um antagonista complexo, com suas inseguranças e rivalidades internas. Ele tenta consolidar sua posição e independência, buscando mais poder e autoridade longe da sombra do pai. Essa busca o leva a decisões impulsivas, mas também a um desenvolvimento emocional interessante. Afinal, temos um Rafe apaixonado.

Confesso que sinto falta do Rafe “coringa”, mas gostei da construção dele nesta temporada.

Conclusão

No geral, a quarta temporada é boa, desde que se ignore a questão entre Kiara e JJ na segunda parte. A linha cronológica está bem feita, os temas abordados são interessantes, e dá para realmente se aprofundar no que os garotos estão buscando, além de a fotografia ser maravilhosa. Minha única ressalva é quanto à pós-produção, que me incomodou um pouco: muitos erros de continuidade, o tom azulado para fingir ser de uma gravação noturna e os cortes das imagens.

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Entretanto, de forma geral, mesmo sabendo que o desconforto no set causa complicações na produção, o que vi na quarta temporada foi que os outros personagens entregaram o seu melhor, e isso foi muito bom de acompanhar. Tenho esperanças de ver muita coisa legal e reviravoltas na quinta temporada, mas essa é uma especulação para uma próxima matéria.

OBS: Vou acrescentar que a trilha sonora está maravilhosa recheada de músicas brasileiras.

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