Leia tudo sobre A Garota da Agulha, filme que está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro

A Garota da Agulha: A crueldade pós-Guerra

A Garota da Agulha é um filme dinamarquês de 2024, dirigido por Magnus von Horn, que mergulha profundamente nas adversidades enfrentadas por mulheres no período pós-Primeira Guerra Mundial. A trama segue Karoline (Vic Carmen Sonne), uma jovem operária em Copenhague que, após o desaparecimento do marido na guerra, enfrenta uma série de infortúnios que a levam a decisões desesperadas. Portanto, vamos falar mais de A Garota da Agulha: 

Veja também- Oscar 2025: Ainda Estou Aqui concorre como Melhor Filme!

Tudo começa logo no início:

Concorrendo a categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2025, a narrativa inicia com Karoline sendo despejada de sua residência devido à falta de pagamento. Afinal, é resultado de seu modesto salário como costureira. Buscando estabilidade, ela se envolve com Jørgen, herdeiro da fábrica onde trabalha, e acaba engravidando. No entanto, a família de Jørgen desaprova o relacionamento, levando à demissão de Karoline e ao rompimento do casal. Nesse ínterim, seu marido, Peter, retorna da guerra desfigurado e mentalmente abalado.

Desamparada e sem opções, Karoline considera um aborto clandestino, mas é dissuadida por Dagmar (Trine Dyrholm), uma mulher carismática que administra uma agência de adoção clandestina. Dagmar oferece abrigo e trabalho a Karoline, mas suas verdadeiras intenções revelam-se sombrias e perturbadoras.

Quando a estética e o elenco se complementam…

Veja tudo sobre a crítica do filme da MUBI, A Garota da Agulha

A estética do filme é marcada por uma fotografia em preto e branco de alto contraste, assinada por Michal Dymek, que evoca o expressionismo alemão e reforça a atmosfera opressiva da narrativa. A trilha sonora, composta por Frederikke Hoffmeier, combina elementos eletrônicos e clássicos, criando um ambiente sonoro inquietante que complementa a tensão crescente da trama.

As performances são um destaque à parte. Vic Carmen Sonne entrega uma Karoline vulnerável e resiliente, enquanto Trine Dyrholm interpreta Dagmar com uma ambiguidade que oscila entre a benevolência e a malevolência. A dinâmica entre as duas personagens é central para o desenvolvimento da história, explorando temas como maternidade, abandono e sobrevivência em uma sociedade patriarcal e desigual.

A Violência Pós-Guerra:

A Garota da Agulha não é apenas um retrato histórico; é uma reflexão sobre questões que, infelizmente, permanecem atuais. O filme aborda a marginalização das mulheres, a falta de apoio às mães solteiras e as consequências devastadoras de uma sociedade que frequentemente vira as costas para os mais vulneráveis. A escolha de ambientar a história no pós-guerra ressalta como períodos de crise exacerbam essas desigualdades e injustiças.

Vale a pena assistir A Garota da Agulha?

Em suma, A Garota da Agulha é uma obra cinematográfica poderosa que combina uma narrativa envolvente com uma estética cuidadosamente elaborada. É um filme que provoca reflexões profundas sobre a condição humana e as estruturas sociais que perpetuam a opressão. Disponível na plataforma de streaming MUBI, é uma recomendação imperdível para os apreciadores de cinema que buscam histórias impactantes e relevantes.

Comments

No comments yet. Why don’t you start the discussion?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *