“tick, tick…Boom!“, musical da Netflix, marca a estreia de Lin-Manuel Miranda como diretor e é um projeto que ele não escolheu por acaso. Afinal, Miranda sofreu uma grande influência de Jonathan Larson, que revolucionou o teatro musical ao criar o clássico Rent. Com este filme, o novo diretor promove a celebração da vida e arte de Larson. Mas, será que realmente vale a pena assistir esse musical?!
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Inspirado na vida real
“tick, tick…Boom!” é o nome do musical criado por Jonathan Larson antes do sucesso de Rent. Desse modo, Lin-Manuel Miranda segue a mesma estrutura do texto original e conta a história do compositor. Na trama, Jon é um jovem criativo, mas sem ainda ter seu talento reconhecido. É nítida sua habilidade em compor e criar histórias que abraçam a diversidade. Tanto que o roteiro segue essa linha e estabelece que o compositor estava a frente do seu tempo nos anos 90.
Além disso, Andrew Garfield abraça Jonathan Larson com extrema maestria. Pois traz todo seu processo criativo, relacionamento com a namorada, problemas financeiros e a desconfiança sobre sua arte. Sem contar que recebemos um reflexão profunda tempo, arte e como nossos conflitos afetam tudo. Tanto que o principal ponto da história é perto de seu aniversário de 30 anos e quando trabalhava o musical Superbia.
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Um musical realista:
Ao longo dessa jornada, o filme acaba se tornando uma carta de amor, não apenas para Larson. Mas também para o mundo da Broadway. Afinal, temos uma dose suficiente para realizar os sonhos de fãs mais apaixonados do gênero e também um peso de realidade nos temas abordados. Incluindo que esse não é um musical sobre coreografias e cenários eloquentes. No entanto, seu senso de espetáculo não fica em segundo plano. Tudo é sentido sentido e imersivo. Nada mais importa a não ser o que é dito, cantado, observado. Sendo que nenhuma palavra ou canção é desperdiçada, por mais estranha que seja, deixa de ter escopo narrativo.
Vale a pena assistir o musical “tick, tick…Boom!” ?
Com toda a certeza sim! É difícil não se envolver emocionalmente com “tick, tick…Boom!“. Especialmente com a ajuda de Lin-Manuel Miranda. Acima de tudo, celebra a passagem curta, mas impactante de Jonathan Larson. Sendo que a atuação de Andrew Garfield é digna de premiações. Ainda mais, poucos atores conseguem transmitir com espontaneidade as alegrias, sonhos e superações de um artista. Mesmo que musicais têm um público muito específico, existem oportunidades que nos permitem entrar em contato de uma maneira diferente. Desse modo, este longa é a prova viva disso.