Sendo que este romance fala mais sobre a vida do que o amor, Todo Tempo que Temos veio com uma narrativa não linear e marcante. Aliás, Florence Pugh e Andrew Garfield contam uma história linda e tocante sobre um casal disposto a viver algo único. Portanto,vamos falar mais de Todo Tempo que Temos:
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Aquele romance que fala sobre amor e a vida:
Antes de qualquer coisa é preciso dizer que Todo Tempo que Temos é simplesmente um filme adorável. Sim, ele é drama, e desde o início você já sabe como terminará a história. Mas, nem por isso o espectador se envolve menos com o enredo. Pois o que vale aqui é a construção, é como esses personagens vão se desenvolvendo e fazendo escolhas que os levam para determinados caminhos. É, sim, desses filmes que fazem você chorar, sem você nem mesmo esperar por isso.
A partir de uma história de amor, a proposta do diretor John Crowley é discutir qual é o legado que vamos deixar neste mundo. Pois o tempo é assim: um dia comum pode se tornar o dia mais importante da sua vida, e tudo pode mudar em apenas um segundo. O importante é perceber o que podemos fazer enquanto ainda temos tempo. E a resposta por trás dessa questão também é simples: amar.
Não é o roteiro mais inédito, mas funciona perfeitamente:
O roteiro de Nick Payne , entretanto, pode gerar alguma confusão em quem assiste ao filme, pois faz a história não só ficar indo e vindo no tempo (e, considerando que o espaço de tempo deles é curto, poucos anos, são poucas as diferenças estéticas nas memórias) como também à medida que a trama avança, ela começa também a intercalar com memórias do presente. Ou seja, navegamos em três períodos de tempo em um intervalo curto, com muitos acontecimentos, e às vezes podemos nos perder se aquilo que vemos é passado, presente ou desejo de futuro.
No entanto, isso é o que torna a obra tão marcante, são momentos exclusivos que marcam a nossa vida, mesmo com os períodos mais difíceis. Além disso, pode não ser o mais criativo do mundo, mas existe um motivo para clichês serem tão populares: eles funcionam! Então, mesmo prevendo o final, Todo Tempo que Temos traz quase todos os ingredientes necessários para entreter e conquistar o público.
Andrew Garfield e Florence Pugh brilham em Todo Tempo que Temos
Por fim, o grande trunfo de We Live in Time são as performances de Florence Pugh e Andrew Garfield. Além da ótima química entre os dois, ambos se entregam para a obra, sabendo explorar as qualidades e fraquezas de seus personagens – tanto diante da euforia do amor até enfrentar uma situação impossível que ninguém deveria passar. Ninguém poderia imaginar que o amor entre a dupla seria assim, mas deve gerar algumas fanfics pelo mundo afora.
É verdade que a personagem de Florence é bem mais aprofundada que Garfield, já que tanto sua vida pessoal quanto profissional estão no meio do furacão, digamos assim. Porém, o ator consegue ser o parceiro de cena ideal para a complexa e passional performance de Pugh, entregando vulnerabilidade e carisma que desejamos ver num galã de romance.
Vale a pena assistir Todo Tempo que Temos?
Com toda a certeza, sim. Todo Tempo que Temos tem drama, humor e esperança na medida certa. Não é um filme sobre doença ou sobre perda, mas sim sobre amor e a vida, apesar das doenças e das perdas no caminho. Um filme lindo, emocionante e que vai preencher o coração do espectador.