Um dos maiores destaque do Globo de Ouro 2019 foi, sem dúvida alguma, Sandra Oh que fez história duas vezes numa única noite. Essa atriz marcante da TV foi a primeira pessoa de origem asiática a apresentar a cerimônia, mas não foi apenas isso. Com sua vitória como melhor atriz em série de drama, ela também é a primeira mulher asiática a ganhar mais de um prêmio no Globo de Ouro, com duas estatuetas. Em sua primeira vitória foi por melhor atriz coadjuvante em série em 2006, por sua icônica Cristina Yang em Grey’s Anatomy e agora, em 2019, a atriz em série dramática, por sua atuação como Eve Polastri em Killing Eve. Em seu discurso, ela traz questões importantes sobre a representatividade e os momentos de mudança, afinal é muito raro ver algum artista de etnia diferente do padrão hollywoodiano vencer um prêmio tão importante como esse:
“Eu disse sim ao medo de estar neste palco hoje à noite porque queria estar aqui para olhar para este público e testemunhar esse momento de mudança. Não estou enganando a mim mesma porque talvez no ano que vem seja diferente; provavelmente será. Mas agora, este momento é real.”
É verdade que durante muitos anos essa prática era muito comum, como no filme“Bonequinha de Luxo” (1961) e caricato japonês Sr. Yunioshi, feito pelo americano Mickey Rooney. Porém, nos últimos tempos, essa visão tem sido quebrada ao longo dos anos, principalmente com a chegada do filme “Podres de Rico”. A adaptação de Kevin Kwan, se tornou para os espectadores asiáticos e asiático-americanos tão importante quanto nunca. Antes de O Clube da Felicidade e da Sorte, tivemos o The Flower Drum Song, de 1961, e depois o que ocorreu? Quase nada, foi primeiro longa metragem a ter um elenco totalmente asiático em mais de 20 anos. Além de ter sido um sucesso de bilheteria, foi indicado ao Globo de ouro por melhor filme de comédia ou musical.