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Um dos maiores destaque do Globo de Ouro 2019 foi, sem dúvida alguma, Sandra Oh que fez história duas vezes numa única noite. Essa atriz marcante da TV foi a primeira pessoa de origem asiática a apresentar a cerimônia, mas não foi apenas isso. Com sua vitória como melhor atriz em série de drama, ela também é a primeira mulher asiática a ganhar mais de um prêmio no Globo de Ouro, com duas estatuetas. Em sua primeira vitória foi por melhor atriz coadjuvante em série em 2006, por sua icônica Cristina Yang em Grey’s Anatomy e agora, em 2019, a atriz em série dramática, por sua atuação como Eve Polastri em Killing Eve. Em seu discurso, ela traz questões importantes sobre a representatividade e os momentos de mudança, afinal é muito raro ver algum artista de etnia diferente do padrão hollywoodiano vencer um prêmio tão importante como esse:

“Eu disse sim ao medo de estar neste palco hoje à noite porque queria estar aqui para olhar para este público e testemunhar esse momento de mudança. Não estou enganando a mim mesma porque talvez no ano que vem seja diferente; provavelmente será. Mas agora, este momento é real.”

Antes de Sandra, a atriz  de origem japonesa Yoko Shimada, hoje com 65 anos, havia levado para casa um Globo de Ouro na categoria de melhor protagonista de televisão pela minissérie Shogun, em 1981. Depois disso, só apenas em 2006. Por muito tempo, o etnia foi apenas usada por coadjuvantes ou nem eram requisitados, isso incluindo o famoso “Whitewashing”, que consiste em escalar um elenco de atrizes e atores brancos para papéis de raça, cor ou etnia diferentes.  Isso também foi alvo na premiação, quando a atriz de Killing Eve menciona filmes como Ghost in the Shell e Sob o Mesmo Céu – produções criticadas por WhiteWashing de papéis asiáticos – e do fundo ouvimos Emma Stone gritando “me desculpe!”, já que a atriz estrelou o criticado filme de Cameron Crowe.

É verdade que durante muitos anos essa prática era muito comum, como no filme“Bonequinha de Luxo” (1961) e caricato japonês Sr. Yunioshi, feito pelo americano Mickey Rooney. Porém, nos últimos tempos, essa visão tem sido quebrada ao longo dos anos, principalmente com a chegada do filme “Podres de Rico”. A adaptação de Kevin Kwan, se tornou para os espectadores asiáticos e asiático-americanos  tão importante quanto nunca.  Antes de O Clube da Felicidade e da Sorte, tivemos o The Flower Drum Song, de 1961, e depois o que ocorreu? Quase nada, foi primeiro longa metragem a ter um elenco totalmente asiático em mais de 20 anos. Além de ter sido um sucesso de bilheteria, foi indicado ao Globo de ouro por melhor filme de comédia ou musical.

Podres de Ricos
“Podres de Rico” tem produção completa por asiáticos
O filme conta a história de Rachel Chu (Constance Wu), uma asiática-americana que vai à Singapura com o namorado, Nick Young (Henry Golding), para o casamento do seu melhor amigo. Nesse meio tempo, ela acaba descobrindo que ele é simplesmente um dos caras mais ricos e cobiçados da Ásia. Tudo no filme é grandioso! Os cenários, as praias, as mansões luxuosas, os prédios exuberantes, as roupas e os acessórios de grife parecem ser só futilidade e glamour, mas, em meio a isso tudo, eles também nos apresentam um pouco da cultura, de algumas tradições familiares e nos mostra alguns valores diferente dos outros países.
Além disso, desde agosto de 2018 para cá, a TV norte-americana encomendou nada menos do que seis projetos com asiáticos. É uma ação inédita na indústria de entretenimento, que ficou mais de duas décadas, entre 1994 e 2015, sem uma única série protagonizada por orientais. Quem acabou com essa seca foi a boa comédia Fresh Off the Boat, estrelada por Constance Wu, justamente a atriz principal de Podres de Ricos.
Com o discurso de Sandra Oh e o filme ” Podres de Rico”, é possível que Hollywood apareça com mudanças nos próximos anos. As indiretas e os recados já foram dados, agora o que resta é saber se a indústria vai captar a mensagem. Ao contrário, a batalha estará pronta.
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