Um livro um pouco complicado de falar, foi uma leitura que aos trancos e barrancos consegui terminar e sinceramente ainda tenho muito que absorver. Entretanto, é uma história com muitas emoções e aprendizados, vem conhecer Uma lista (quase) definitiva de piores medos, da mesma autora de A química que há entre nós.
O livro tem uma narrativa até leve para os assuntos ali abordados. Não podemos ler sem dá a atenção devida a tudo aquilo que está sendo exposto. Afinal, a autora trabalha assuntos um tanto quanto delicados como doenças mentais que muita das vezes negligenciamos e como essas doenças podem impactar na vida da pessoa.
É uma história que também fala sobre suicídio, automutilação e depressão. Um combo de gatilho que são disfarçados pela escrita leve e “descontraída” da autora. Por esta razão, entra muitas ressalvas nesta resenha para alertar ao leitor do que ele vai encontrar em Uma lista (quase) definitiva de piores medos.
Mas o que eu achei?
Bom, no início até eu me situar no que a autora queria passar eu tive alguns problemas, pois logo no começo você não tem muita noção do que a Krystal quer passar para o leitor. É uma narrativa bem sensível que aos poucos eu fui pegando o ritmo e entendendo do que estava se tratando a história.
Cada parente ali da Esther representa algum tipo de transtorno e como eles lidam. Achei criativa e interessante a forma que autora abordou essas doenças e deu destaque a cada uma delas. Claro, que algumas partes me incomodaram porque senti que a autora não seguiu uma linearidade na hora de contextualizar a situação, mas isso não atrapalhou tanto a leitura.
Personagens delicados e frágeis
É interessante como a autora escreveu os dois protagonistas, porque mesmo eles com seus problemas internos, suas lutas internas, era nítido como um queria dar força para o outro. Tudo bem que como qualquer pessoa eles falharam ao longo da história, mas é um sentimento que a autora conseguiu passar para o leitor.
Gostei muito também da ambientação e como a Krystal descreve os detalhes das cenas. Eu amei como Esther se veste de forma que ela se sinta bem naquele dia, tudo bem que existe um significado por trás disso, mas só o fato dela não temer que as pessoas falem dela ou a chame de “esquisita” já é bem legal.
Outros personagens também me chamaram atenção como Jonah, que é misterioso e até certo momento do livro você ainda duvida muito dele e do motivo pelo qual depois de tantas coisas feitas ele ainda quer ajudar a Esther. O que é bom porque acabei me sentindo presa na história para saber o que ele tinha, do que ele também estava em busca.
Conclusão…
No geral gostei muito do livro, porém é importante ressaltar que a autora mesmo tendo um trabalho belíssimo na hora de narrar todas essas situações e preocupação com as doenças mentais apresentadas na história, senti que em algumas partes ficou confusas, é aquilo falando de todas e ao mesmo tempo de poucas. Mas vale a reflexão que o final faz.
Não é um livro para qualquer um, como disse no início, ele contém gatilhos e você precisa está em um momento certo para desfrutar da aventura da Esther e do Joanh.
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