Do que você seria capaz para proteger quem você ama? Bom, a família de Stella é capaz de qualquer coisa. Vem comigo conhecer Uma Família Quase Perfeita, um thriller psicológico escrito pelo autor sueco M. T. Edvardsson.
Em Uma Família Quase Perfeita vamos conhecer Stella, uma adolescente que é acusada de assassinar brutalmente um homem muito mais velho. A jovem é filha de um casal adorado pela comunidade.
Adam é um pastor na igreja local, marido e pai devoto. Já a mãe, Ulrika, é uma advogada de defesa, e pelos olhos dela acompanhamos o julgamento de Stella e o plano intrincado posto em jogo para protegê-la.
O pesadelo começa quando Ulrika e Adam recebem um telefona dizendo que Stella foi presa acusada de assassinato. Verdade e decência sempre foram seus princípios básicos, mas quando o futuro da filha está em jogo e as pressões sobre sua família aumentam, todos mostram um lado sombrio.
Uma Família Quase Perfeita é um thriller que envolve o leitor na narrativa de mistério e personagens bem desenvolvidos. O livro é dividido pelo ponto de vista dos 3 membros da família: Adam, Stella e Ulrika, respectivamente. Sendo assim, conseguimos aos poucos ir preenchendo as lacunas do mistério pelo ponto de vista de todos os personagens.
A história no geral é muito boa, mas acaba pecando pela enrolação. Os capítulos são curtos e intrigantes, terminando sempre com um gancho bom para o próximo. Entretanto, como forme você vai lendo e vai achando que as coisas vão acontecendo na verdade é como se você estivesse voltando para a estaca zero. Demora para você conseguir sentir que a história está desenrolando.
Vale lembrar que essa é uma história que se passa na Suécia e fala muito de leis e realidades do país. Contudo, algumas falas podem incomodar, e muito, principalmente as do personagem Adam. Outra coisa importante é avisar que esse livro tem gatilhos e cenas fortes de violência sexual.
Mas Bárbara, o que realmente você achou do livro?
Bom, eu gostei da leitura, cumpre o papel de thriller psicológico que envolve o leitor da primeira até a última página. Senti que por muitas vezes o autor poderia ter poupado algumas enrolações. Como por exemplo, achei legal dividir a história pelo ponto de vista dos personagens, mas tinha momentos que pareciam que estava lendo a mesma coisa. Na verdade, a história só começa andar na metade do livro quando a Stella começa a contar coisas novas e que vão acrescentar mais substância a história.
Uma família quase perfeita, não está na lista dos melhores thrillers que já li, mas se você gosta do gênero vale a apena dá uma chance para esse autor, porque a escrita é boa e o desenvolvimento dos personagens é muito interessante de se acompanhar.