Em 2020 Ray Bradbury completaria 100 anos e para comemorar essa data tão importante, a editora Biblioteca Azul planejou muitas reedições de livros do autor. Contudo, a primeira novidade foi o lançamento de Prazer em Queimar.
Nesta coletânea, o autor nos presenteia com 16 contos, sendo que 13 já tinham sido publicados antes de Fahrenheit 451. E por falar nesse livro, vale dizer aqui que o bombeiro mais famoso, Montag, também aparece em um conto em Prazer em Queimar.
Assim como em Fahrenheit 451, o autor nos coloca para pensar e questionar até os tempos atuais, como governos ineptos que não valorizam a arte e cultura. (Conheço essa história!). Além disso, o Ray trabalha muito com a ideia de repressão e censura em todos, se não na maioria, dos seus contos.
Uma coisa interessante é que como ele, autor, trabalha os personagens nesse livro. No caso muitos mortos ganham a oportunidade de voltar a vida para acertar as contas. Confesso que alguns dos casos eu me sentia muito mal pelo morto porque ele tinha uma angustia e sentimento de não pertencimento a esse lugar.
Alguns contos que me chamaram atenção foram: “Fênix Brilhante”, “Muito depois da Meia-Noite” e claro “O Bombeiro”. Este último foi o que origem ao clássico Fahrenheit 451, então sem sombra de dúvidas tornou-se o meu favorito.
Além de todas as histórias serem impecáveis, Prazer em Queimar também é maravilhoso porque possuiu uma escrita fluída que torna a leitura mais leve e rápida. Além disso, a tradução está perfeita e de fácil entendimento. Por ser um livro de contos, é tranquilo você ler um pouco dele e ir alternando as histórias em com outro livro.