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“Olá meninos e meninas. Quem fala aqui é Hannah Baker. Ao vivo e em estéreo”.

Já é estranho pensar que tem uma voz falando na sua cabeça quando estamos vendo um vídeo com o fone de ouvido. Agora, imagine que a dona da voz que está falando na sua cabeça está morta e você é uma das causas, imaginou? Pois bem, é assim que Clay se sente quando recebe uma fita misteriosa que tem como remetente a sua colega de classe que se matou, Hannah Backer.

Escrito por Jay Asher, Os 13 Porquês aborda um dos assuntos mais polêmicos e que toda sociedade finge não enxergar. Estamos falando do suicídio. Por mais que dê algumas voltas, o livro é muito objetivo no que deseja transmitir. É uma boa reflexão sobre como nossas atitudes podem interferir na vida de outra pessoa.

“Ninguém sabe ao certo quanto impacto tem na vida dos outros. Muitas vezes não temos noção. Mas forçamos a barra do mesmo jeito”.

Muito se discute até que ponto é frescura para uma pessoa desejar tirar a própria vida. Muitas das vezes culpa-se a própria vítima, mas ninguém questiona o que leva a pessoa a ter vontade para simplesmente se aliviar de uma dor. Essa é justamente a questão que o livro aborda, pequenas atitudes, quando acumuladas a outras, acabam tornando-se uma grande bomba relógio que poderá explodir a qualquer momento.

O livro foi publicado no Brasil em 2007 pela editora Ática, porém era deixado de lado nas livrarias, mas em 2011 ele ganhou um pouco mais de destaque quando a atriz e cantora Selena Gomez foi anunciada para o papel de Hannah em uma possível versão para o cinema. Pouco tempo depois, os livros foram recolhidos e só voltou a ser publicado em 2017 quando a plataforma Netflix anunciou o lançamento da série. Agora sim a história de Hannah Becker ganhou o mundo.

A série tem um ritmo e uma pegada diferente do livro, mas não é o que importa aqui. O que deverá ser analisado foi como as pessoas receberam essa história, e no caso elas reagiram de forma negativa e, mais uma vez, culparam a Hannah. O problema não é falarmos sobre suicídio, mas sim pensarmos e assumirmos como nossas ações podem influenciar o outro. A Hannah passa por tanta coisa que muitos podem dizer “Bobagem, é só não ligar”, mas tudo começa por uma bobagem, como dito lá em cima, pequenas coisas quando acumuladas podem se transformar em bombas relógios.

Os 13 porquês faz com que o leitor enxergue como as pessoas são egoístas, como eu e você só pensamos em nós mesmos.

 “ Aquele que tivesse tido o dia mais exaustivo colocava a mão no centro da mesa e dizia: “Um, dois, três, podem sair da toca!”

Boa parte da história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista da nossa personagem principal, Hannah, enquanto Clay está ouvindo as fitas. Existem poucas intervenções do jovem durante a leitura, o que é bom e ruim ao mesmo tempo, pois os leitores só trabalham com os sentimentos da Hannah e o pobre Clay ficamos sem saber, e cabe a nós interpretarmos os sentimentos dele.

Jay consegue transmitir de forma intensa para o leitor toda a história e sofrimento da jovem, a cada história é uma agonia e revolta, sim, você também terá raiva dela as vezes. Além disso, ele trata de forma tão natural a morte que isso também interfere, e muito, na leitura e no pós leitura. Várias reflexões!

Vale muito a leitura, porém com uma mente aberta e disposta a aceitar que esse é um problema da vida real e não apenas uma ficção.

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