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“Para cada crime terrível cometido desde o início da civilização, uma questão profunda e fundamental sempre se apresentou: que tipo de pessoa poderia ter cometido algo assim?”

Escrito em 1995, Mindhunter conta a trajetória do agente do FBI John Douglas e como ele chegou ao título de caçador de serial killers.

O livro foi escrito por Mark Olshaker e pelo próprio John Douglas, que resolveu compartilhar todo o seu conhecimento e sua história no FBI. Talvez por boa parte do livro ser escrito por um agente do FBI, existe muita coisa que podemos chamar de irrelevantes. Os primeiros capítulos são uma longa introdução a vida de Douglas, desde quando era pequeno até como acidentalmente chegou no FBI. Não que isso seja ruim, é bom para quem gosta de uma história bem contextualizada, porém, boa parte é muito devagar e uma mistura de acontecimentos.

A história só ganha formato e apresenta realmente o que ela deseja passar da metade para o final, quando os crimes começam a aparecer. Aí sim a leitura flui de forma que nem se percebe que já está chegando ao final, mas ainda assim muita coisa da vida pessoal do autor e agente acaba interferindo na leitura. No fundo, algumas histórias dos serial killers acabam passando batidas. Mas é um ótimo livro para quem gosta e quer entender a mente humana. Douglas conta histórias dos mais loucos crimes que encarou durante toda a sua vida no FBI, alguns até o deixam  se perguntando por que alguém faria aquilo, como o caso de Wayne Williams, o assassino de crianças em Atlanta.

O interessante do livro não é saber como aconteceram os crimes, afinal de contas, para isso basta colocar na internet que aparece a resposta. Mas o que vale é como John consegue fazer com que o leitor passe a enxergar o lado do assassino, mas não como forma de inocentá-lo, e isso ele deixa bem claro em todos os momentos do livro. A ideia central não é mostrar o que foi feito, e sim o porquê de os assassinatos terem sido executados daquela maneira.

Além disso, a evolução de John Douglas como agente ganha forma, como sua personalidade, suas ideias e a vontade que ele tinha de estudar e pesquisar sobre. Um bom exemplo de “vamos buscar aperfeiçoar o que gostamos de fazer.”

“… o fato de alguém agir como um maníaco não significa que ele não saiba exatamente o que está fazendo. ”

Quem gosta das histórias de FBI ou tem curiosidades para saber como é lá dentro, Mindhunter é um prato cheio. Logo no começo do livro o autor garante que a ideia não é revelar segredos do FBI, porém em vários momentos descobrimos algumas coisas que talvez quem está de fora não tenha tanta certeza de que acontecem, mas nada que comprometa.

Mindhunter é um dos lançamentos de outubro da editora Intrínseca, e está com uma capa incrivelmente perfeita com impressões digitais e sangue, que transmitem um ar de suspense para o livro. O principal detalhe está na contracapa, onde aparece uma pessoa encapuzada refletido em uma cidade, uma combinação maravilhosa com o contexto do livro.

O livro também serviu de inspiração para a nova série original da Netflix, que estreou no último dia 13.

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